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Centenas de pessoas pediram a paz na Ucrânia em frente à embaixada da rússia

MILENIO STADIUM - MAFIESTACOES - UCRANIA

 

Sem cores partidárias, sem barreiras de idade e sem hesitação, foi o azul e o amarelo da bandeira da Ucrânia que uniu partidos, juventudes, personalidades. Centenas de pessoas juntaram-se, esta tarde, em frente à embaixada da Federação Russa, em Lisboa, para manifestar apoio ao povo ucraniano e condenar a invasão à Ucrânia.

Juntos “pela humanidade”, ouvia-se na manifestação. A solidariedade com a Ucrânia e os apelos à paz fazem com que milhares de pessoas saiam à rua em todo o mundo. Da Alemanha ao Brasil, todos se unem em torno de um povo e vestem a bandeira da Ucrânia em defesa da paz e da democracia. Portugal não faltou à chamada.

De cartaz em riste, os manifestantes gritavam, a plenos pulmões, palavras de apoio e de condenação ao rosto do inimigo: Vladimir Putin. “Assassino, assassino”, “Não passarão”, “Liberdade”, “Não à guerra, sim à paz”, “abaixo o Putin” foram algumas das frases de ordem que ecoaram pelas ruas de Lisboa.

Um raro momento de silêncio interrompeu os clamores de centenas de pessoas. Os manifestantes pararam para ouvir as palavras de uma ucraniana, que, do alto de um palanque improvisado, discursou por breves minutos. De voz trémula, mas com firme determinação, pediu que se fizesse mais pela paz e saudou a coragem hercúlea do seu povo, que luta pela autodeterminação. “A guerra é um inferno. Se a Rússia parar de lutar, não há guerra, se a Ucrânia parar de lutar, não há Ucrânia”, disse.

As bandeiras, que pintaram as ruas de azul e amarelo, serviram, também, para limpar as lágrimas daqueles que, à distância, acompanham o sofrimento dos seus familiares e daqueles que combatem na linha da frente para defender a sua terra.

Oleg, ucraniano, arranha o português e não faltou à manifestação. Tem acompanhado à distância os desenvolvimentos em Kiev. Vai falando com a sua família que vive na cidade e que tem passado os dias nas estações do metro. Um dos seus primos tem combatido na linha da frente e garante que, apesar do sofrimento, “não há desmoralização nenhuma. Estão todos prontos a defender a pátria, a lutar pela Ucrânia. A única frase que sai da parte deles é: deixa-os vir”, acentuou.

Sem cores partidárias

À exceção do Chega e do PCP, todos os partidos e juventudes partidárias marcaram presença na manifestação.

Rui Tavares, líder e deputado do Livre, esteve presente no protesto e não hesitou em classificar Putin como um “tirano”. Criticou a oligarquia russa com tentáculos na Europa e sublinhou a necessidade da União Europeia garantir os “direitos fundamentais dos seus muitos milhões de cidadãos em qualquer Estado-membro”. É importante assegurar a independência energética da Rússia, considerou.

Miguel Costa Matos, líder da Juventude Socialista, reforçou os apelos à democracia e à paz. “O nosso povo irmão, o povo ucraniano”, está a lutar “pela sua defesa, pela sua independência, pela sua democracia. E é isso que nós estamos cá a fazer hoje. A dizer: nós estamos com a Ucrânia”“. E não “podemos ter tibiezas algumas na aplicação de sanções”-

A líder do PAN, Inês de Sousa Real, salientou o ambiente “comovedor” de solidariedade de centenas de pessoas para com o povo ucraniano. ““Não posso deixar de saudar as juventudes partidárias que, hoje, deram uma lição de democracia e demonstraram que os valores da liberdade, da paz, da democracia, podem unir-nos a todos”. Inês de Sousa Real fez um apelo ao Governo, para que, junto com as “demais partes da convenção, levem Putin ao Tribunal Penal Internacional, para que seja julgado pelos crimes de guerra que está a cometer contra a Humanidade”.

Foi uma tarde sem cores partidárias. Também estiveram presentes os líderes da JSD e JP e representantes da Iniciativa Liberal. A coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, criticou os oligarcas russos que “sustentam Putin” e “colocam os seus bens a salvo em Portugal”. A União Europeia não pode perder tempo na aplicação das sanções, disparou.

JN/MS

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