Temas de Capa

50 anos depois, e?…

 

Ora viva, bom dia. Mais uma sexta-feira, certo? Pois é, já a última deste mês. Assim vamos com o vento de árvore em árvore. Decidi que esta semana não iria tocar no tópico em cima da mesa proposto pelos Master Minds do jornal Milénio.

Afinal, 50 anos de Democracia não se celebram todos os dias.
Afinal, o que mudou 50 anos depois? Bodas de ouro para a democracia.

O 25 de Abril é um momento marcante do nascimento da democracia portuguesa. A data simboliza o início de um caminho de profundas transformações económicas, sociais e culturais.

No momento em que o regime democrático cumpre meio século, Lisboa, um dos principais palcos da Revolução apresenta um programa comemorativo que procura reforçar a democracia e destacar algumas das principais conquistas do 25 de Abril.

Assim, as comemorações dos 50 anos do 25 de Abril \desenvolvem-se ao longo de todo o ano de 2024, associando-se ainda às comemorações nacionais que vão encher a cidade dos valores de Liberdade, Paz, Democracia e Progresso. E todos são chamados a participar e a contribuir. Na rua.

Pois, quanto a uns o 25 de Abril foi mal gerido, só é recordado enquanto festa e data simbólica. Mas será que e só isso?

Mal gerido, até certo ponto, sim. Acabaram com um “certo fachio”, mas e depois? Gerir o que estava proposto não foi para todos. Depois veio a ressaca de um povo que sabe avançar, mas depois não sabe gerir e deixa estagnar. Até aos dias de hoje existem propriedades abandonadas desde, precisamente, há 50 anos.
Bem, mas é o que é. Motivação política sem gerar guerra é de louvar. Quando o saudoso Zeca Afonso e as saudosas Amália Rodrigues e Linda De Suza cantam Grândola Vila Morena… Há que respeitar. Os bons motivos estavam cativos e assim foi sendo.

Em tempos mais modernos e pela capital da nossa pátria há muito e tudo por onde celebrar e reviver o momento em que os canhões invadiram a capital.

Abril sempre.

Deixo -vos com a mensagem do Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas:
“Um dos grandes nomes da literatura, Albert Camus, disse que a liberdade não é mais do que uma oportunidade para sermos melhores. Hoje, nos 50 anos de Abril, é o momento para recordar este valor da liberdade.
A liberdade significa um horizonte aberto de possibilidades. Significa a oportunidade de sermos melhores do que aquilo que fomos, de nos reinventarmos a cada momento, de vivermos com a audácia de olhar para o futuro sem medos.
Abril abriu este horizonte de possibilidades. Passaram 50 anos deste momento definidor daquilo que somos, e poderíamos pensar que o seu simbolismo está a esmorecer. Hoje as novas gerações dão como garantidas a liberdade e a democracia que Abril nos deu – mas não podemos dá-las como garantidas. Precisamos de lhes dar valor. Não relembrar a memória de Abril é cair na tentação da ditadura, onde o horizonte se fecha e a audácia desaparece. O 25 de Abril foi o contrário deste abaixamento do olhar; foi a audácia de ver e ir mais longe.
Lisboa celebra orgulhosamente os 50 anos daquele «dia inteiro e limpo». Fazemo-lo com um alargado programa cultural aberto a todos os lisboetas, onde as exposições se juntam ao teatro e à literatura, ao cinema e à música. Fazemo-lo porque em Lisboa temos memória e sabemos que um país sem história é um país sem futuro. E nós olhamos para o futuro.”

Para grandes males grandes remédios, supostamente.

É o que é e vai valer sempre o que vale.

Até já e fiquem bem.

Ah… e já agora não se esqueçam de sintonizar a Camões Radio e assistir a mais um Roundtable onde a falar e que a gente se entende, nas lides de Manuel DaCosta e convidados.

Até já,

Cristina DaCosta/MS

Redes Sociais - Comentários

Artigos relacionados

Não perca também
Close
Back to top button

 

O Facebook/Instagram bloqueou os orgão de comunicação social no Canadá.

Quer receber a edição semanal e as newsletters editoriais no seu e-mail?

 

Mais próximo. Mais dinâmico. Mais atual.
www.mileniostadium.com
O mesmo de sempre, mas melhor!

 

SUBSCREVER