Em nove anos de existência, o programa de saúde oral “Braga a Sorrir”, dinamizado pela associação “Mundo a Sorrir” e financiado pela Câmara de Braga, já permitiu realizar quase 91 tratamentos médico-dentários, disponibilizar mais de 48 mil consultas e beneficiar diretamente 3245 pessoas carenciadas.
“Os números dizem muito do impacto do projeto, que vai para além dos tratamentos orais: melhora a qualidade de vida e devolve a autoestima aos beneficiários”, assegura ao JN a coordenadora do programa.
Elsa Antunes sublinha a importância de um “trabalho em rede” entre várias instituições para ajudar “de forma transversal” quem mais precisa. “O programa destina-se a pessoas com carências socioeconómicas comprovadas, que chegam até nós depois de serem sinalizadas por um dos nossos parceiros ou pela própria autarquia”, sublinha a responsável. Neste momento, há uma rede de 29 instituições, como a Cáritas ou a Cruz Vermelha, de onde é feito o encaminhamento das pessoas para o gabinete do “Braga a Sorrir”.
Entre os mais recentes beneficiários está Luísa Gomes, 70 anos, que concluiu recentemente os tratamentos dentários, que incluíram a colocação de prótese, como acontece com a maioria dos utentes. “Tinha muita vergonha de mostrar os dentes. As minhas netas até me diziam para não me rir nas fotografias”, diz ao JN a bracarense. Agora, garante, a autoestima voltou. “Já me posso voltar a rir à vontade, tenho mesmo orgulho”, assegura.
Arminda Mota, 76 anos, cujo tratamento está prestes a ficar concluído, corrobora a ideia. “Apesar de não estar acabado, já posso dizer que tenho um novo sorriso”, regojiza-se, destacando a importância deste projeto social. “Se não fosse assim, ainda não tinha feito o tratamento”, conclui Arminda.
JN/MS
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