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Canadá já aprovou a entrada de 7 mil ucranianos

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Os números sobem a cada dia. Nesta semana a última atualização do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados dava conta de que mais de dois milhões de ucranianos já haviam deixado o seu país fugindo da guerra. A expectativa é de que esse total possa ultrapassar os 18 milhões. Pessoas que se viram forçadas a abandonar suas casas, familiares, referências, toda a sua vida…com a única intenção de fugir dos horrores provocados por essa invasão militar russa e tentar se manterem vivas. A grande maioria desses refugiados acaba indo para países vizinhos, mas para alguns, o Canadá também é uma alternativa, seja porque já possuem algum vínculo familiar aqui ou simplesmente por almejarem um futuro nessas terras geladas.

Seguindo um histórico pelo qual já é mundialmente conhecido, o governo federal anunciou dois novos programas para acolher os refugiados ucranianos: um para aqueles que desejam permanecer permanentemente, através de reunificação familiar, e outro para aqueles que desejam vir temporariamente, conhecido como Autorização Canadá-Ucrânia para viagens de emergência. Todos esses refugiados poderão solicitar autorizações de trabalho, tornando mais fácil para os empregadores contratarem rapidamente cidadãos ucranianos.
As últimas informações oficiais deram conta de que desde janeiro cerca de sete mil ucranianos foram aceitos aqui. Pessoas que já assustadas com a iminência de uma guerra, que acabou se concretizando, acharam refúgio por aqui.

Depois da explosão do conflito armado, a expectativa é de que dentro de algumas semanas mais refugiados ucranianos comecem a chegar em terras canadianas. Províncias como Quebec e Ontário já demonstraram intenção de recebê-los. Essa situação atual abriu caminho para uma série de análises e debates sobre esse tema. Houve críticas sobre determinadas questões específicas do programa de refugiados lançado por Otava, como por exemplo o fato de só aceitar cidadãos ucranianos, deixando de fora aqueles outros imigrantes que estavam na Ucrânia. Além disso, para outros países em situação de conflito, como no caso mais recente, o Afeganistão, o governo federal delimitou um número máximo de refugiados a serem recebidos, o que não acontece com os que chegam da Ucrânia. Por enquanto, o número de afegãos que chegou ao país é bem inferior do que foi estabelecido. Dos 40 mil apenas 8 mil 580 já estão aqui. Questionado sobre isso um porta-voz do Ministério da Imigração do Canadá afirmou ao nosso jornal que o reassentamento de ucranianos em nada impacta neste outro programa em andamento: “Se isso fosse uma questão de vontade, já haveria 40 mil refugiados afegãos aqui. Mas a realidade é que este é um compromisso plurianual e, a cada momento, enfrentamos obstáculos que não estavam presentes em outros esforços de reassentamento em grande escala. O número de fatores que não controlamos totalmente, como o funcionamento seguro do aeroporto de Cabul, foi e continua sendo significativo. Essas são questões nas quais estamos trabalhando todos os dias. Não falta esforço por parte do Governo do Canadá. O problema não é nossa capacidade de processamento são fatores logísticos e da situação atual em que está o Afeganistão”, destaca.

Na quinta-feira (10), em visita à Polônia, a última parada da viagem que fez à Europa para diálogos com outros líderes, o primeiro-ministro Justin Trudeau reafirmou o compromisso do país em fornecer asilo aos que precisam: “O Canadá é um país que foi construído por pessoas fugindo de guerras, perseguições ou apenas procurando construir uma vida melhor”. A invasão russa continua a acontecer e ganha contornos cada vez mais cruéis, com ataques deliberados e a morte de civis ucranianos a aumentar a cada dia. Nesse cenário, Trudeau anunciou a ampliação de ajuda humanitária à Ucrânia, com doações através da Cruz Vermelha Ucraniana, World Food Program e Save the Children, além de disponibilizar $ 117 milhões para acelerar o processamento de solicitações de refugiados ucranianos e os trazer o quanto antes para o país.

Lizandra Ongaratto/MS

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