Desporto

Procurador pede prisão efetiva para “Macaco”

Fernando Madureira está em preventiva por causa de outro processo.Foto: Arquivo Global Imagens

O Ministério Público pediu que Fernando Madureira, o ex-líder dos Super Dragões, fosse condenado a uma pena de prisão efetiva. O procurador também pediu cadeia para Hugo “Polaco”. Ambos estão a ser julgados por rixa em recinto desportivo que envolveu um alegado ataque a polícias e adeptos do Benfica, em 2018.

Além de “Macaco” e “Polaco”, há outros seis indivíduos ligados aos Super Dragões que estão a ser julgados no Tribunal do Bolhão, no Porto. Para os arguidos que não têm antecedentes criminais, o MP pediu que o juiz aplicasse uma pena suspensa ou mesmo pena de multa. Mas para aqueles que já foram condenados pelos tribunais, como é o caso de Madureira, a procuradora entendeu pedir uma pena efetiva de prisão.

O advogado de Fernando Madureira, Gonçalo Namora, declarou que o seu cliente não participou nos tumultos de 2018, entendendo que “Macaco” deve ser absolvido. O arguido que está em prisão preventiva no âmbito da Operação Pretoriano assistiu às alegações finais através de video-conferência.

Em causa está um alegado ataque de cerca de 200 Super Dragões, armados com paralelos, garrafas e engenhos pirotécnicos, a elementos da PSP e adeptos benfiquistas, antes de um jogo de hóquei, nas imediações da Estação de Metro do Estádio do Dragão.

Segundo a acusação a que o JN teve acesso, Macaco e oito Super Dragões identificados planearam um ataque de várias dezenas de adeptos do F.C. Porto ou membros da claque, divididos em dois grupos. Um dos grupos ficou na parte superior do Estádio do Dragão e atirou paralelos da calçada e garrafas de vidro aos agentes da PSP que se encontravam a guardar a estação por causa da iminente chegada de 200 adeptos do Benfica que, nessa tarde de sete de abril de 2018, ia defrontar a equipa portista de hóquei no Dragão Arena para a Liga Europeia.

O outro grupo, onde se encontraria Macaco e Nuno Neto Lopes – que agiram de cara tapada com lenço e capuz – e os outros arguidos identificados, foi até à zona sul da estação e tentou entrar no seu interior para confrontar fisicamente os adeptos benfiquistas que ali estavam retidos. Na tentativa de invasão, atiraram vários objetos, incluindo paralelos, garrafas de vidro e até engenhos pirotécnicos, aos polícias que guardavam o local.

Recorde-se que Madureira foi condenado em setembro de 2021 pela Autoridade para a Prevenção e Combate à Violência no Desporto (APCVD) a cinco meses de proibição de frequentar recintos desportivos. Também foi sentenciado com o pagamento de uma multa de 2.600 euros, por quatro infrações relacionadas com atos de incitamento à violência, ao racismo, à xenofobia e à intolerância, arremesso de objetos e envergamento de vestuário que incite à violência ou intolerância nos espetáculos desportivos.

Em causa estavam factos que se passaram entre 2018 e 2020, durante jogos do principal escalão português. Na altura, foi noticiado que dois dos incidentes ocorreram no Estádio do Dragão, no Porto, durante a receção ao Feirense (outubro de 2018) e Benfica (fevereiro de 2020), que terminaram com vitórias dos azuis e brancos.

A leitura da setença está agendada para dia 23 de maio.

JN/MS

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