Um ano de um pouco tudo e de um muito nada
Última semana deste ano. Espero-o bem e com coragem para arrancar a última folha. Coragem e muita esperança.
Um ano atribulado. Sem precedentes. Onde se revelou um inimigo invisível que, de uma forma inesperada, veio ensinar os A, B, C’s a alguns e muito, pouco ou nada a outros. Que lição apreendeu deste ano tão peculiar? Ficou mais sensível? Tornou-se mais amável? Ou ficou indignado e menos tolerante?
As restrições impostas, a privação da nossa liberdade. O muito tudo e muito pouco nada com o qual fomos forçados a lidar, mas não se esqueça, ainda não estamos livres, nem ilesos de perigo. O inimigo continua forte. Ali mesmo ao dobrar da esquina. Que aprendi eu?
Que a vida surpreende e muda num ápice. Que as luzes da candeia à qual chamamos vida, se desvanecem e se apagam. Que não somos nem mais nem menos que ninguém. Somos apenas iguais a nós próprios. Que a humildade é essencial e que nem tudo o que “reluz é ouro”.
Que até os sentimentos se desgastam e que é preciso ter nervos de aço para lidar com determinadas situações. Cansada estou eu. Com esperança, mas cansada. Cansada de hipocrisia e de promessas vazias. De tanta coisa que parece ser e não é. Cansada.
Espero que quando rasgar a última folha do meu calendário, o dia primeiro seja um prenúncio de melhor. Mais que não seja espiritual. É o que é. E vale o que vale. Use a sua máscara. Lave as mãos. Mantenha a distância e a cortesia. Ah e alguma compreensão. Porque até que caminhemos nos sapatos alheios, a dor nunca será igual à nossa.
Cuide-se. Feliz ano novo e espero que as 12 passas sejam mais promissoras do que as deste ano, prestes a findar.
Até já,
Cristina Da Costa/MS
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