Saúde & Bem-estar

A palavra de ordem é “compaixão”

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Créditos: DR.

Falta ao mundo compaixão. Segundo algumas definições, ser compassivo é identificar-se com a dor do outro e mobilizar-se para diminuir a sua dor.

Já começo com essa frase porque eu tenho sentido essa falta, inclusive em mim. É fácil, quase automático, julgar alguém que nos magoa com suas atitudes e concluir que a pessoa é má, egoísta ou despreparada. A gente é tão individualista e imatura que a primeira reação quando alguém nos afeta de forma negativa é culpabilizar a pessoa e condená-la como a errada da história e ponto final. É raro e difícil parar para analisar um comportamento e procurar entender o porquê da pessoa estar agindo daquela forma. Se conseguirmos segurar nossa primeira reação diante de um comportamento inadequado, certamente faremos alguns questionamentos. Será medo? Será solidão? Será falta de amor? O que pode ter ocorrido para aquela pessoa ter agido daquela maneira? O que está por trás de uma cara feia, um gesto desrespeitoso ou um discurso inconveniente? Destrinchar essas atitudes, analisando o contexto de cada pessoa, ampliando nosso foco além das circunstâncias que se apresentam, pode ser a chave para a compreensão do problema e, consequentemente, o surgimento da compaixão.

Hoje, em tempos de pandemia, sinto as pessoas tão mais raivosas e cheias de medo que, às vezes, me sinto dentro de um documentário do mundo selvagem onde é cada um por si. No entanto, até no mundo selvagem, os animais protegem os do seu bando. Por isso, tenho refletido cada vez mais sobre o bando humano. E cada dia que passa, eu sinto uma vontade de pegar na mão de cada um e conversar longa e calmamente. E, nessa conversa, “descobrirmos” algo importante que garante a nossa sobrevivência: a racionalidade, o pensamento e a reflexão que nos permite entender a urgência de nos unir agora mais do que nunca para enfrentar essa situação de guerra interna e externa.

O que quero dizer com guerra interna é o fato de que temos que lidar com as nossas fraquezas, aflições e medos, diariamente! E a externa é o dia-a-dia, é a pandemia, a economia, o aquecimento global, a polarização da sociedade, as incertezas do amanhã. As falhas existem em todos nós, somos sujeitos a erros, acertos e constante aprendizado. Fazemos parte desse emaranhado complicado da vida, onde todos estão envolvidos consigo próprios e com os outros. Se, com paciência e compaixão, nos juntarmos para desatar os nós desse emaranhado, nossa vida provavelmente fluirá muito melhor e o nosso bando humano ajudará a garantir sua própria sobrevivência, a dos demais e, principalmente, a do planeta. A compaixão nos iguala a todos. Um por todos e todos por um!

Adriana Marques/MS

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