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Maternidade: o milagre da carga pesada que se transforma em leveza

Quando falamos sobre esse tema, “maternidade”, a gente logo pensa na figura que protege, que cuida, que alimenta e que nos direciona. É assim também no reino animal, certo? A exemplo, os pássaros! A mãe ensina seus filhotes a voar e, depois de treinarem bastante, eles saltam para fora do ninho e mesmo batendo as asas de forma desengonçada, voam longe. A mamãe pássaro parte para seu novo rumo e os filhotes partem para o deles; seguindo o ciclo da vida. Eles terão seus filhotes, os alimentarão por um tempo, os ensinarão a voar e, assim, perpetua-se a espécie. 

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Crédito: DR.

Com nós humanos, acontece de forma um pouco diferente.

Os filhos crescem e seguem seus próprios caminhos, enquanto os pais continuam acompanhando esses filhos, muitas vezes de longe, até o fim de suas vidas.

E a mãe, especificamente falando, desempenha um papel ímpar em todo esse processo. Além da gestação e o parto, que por si mesmos, representam uma experiência avassaladora, os primeiros cuidados, por mais que o pai participe, são realizados quase todos pela mãe. Desde a amamentação, seja ela natural ou artificial, até a higiene, controle dos horários e o contato mais direto e próximo com o bebê. E essa rotina se amplia e se modifica com o passar do tempo. E nunca termina.

Mães são tudo isso mesmo e mais um pouco. Muito além de serem nossas bússolas, elas são a personificação da doação. Doam suas vidas, tempo, juventude e conforto para nos proporcionar saúde e segurança. Que representam o início da construção da nossa auto confiança, da qual tanto necessitamos.

Ao mencionar a palavra “doação” eu me lembrei dos profissionais da saúde atuando nesse momento de “guerra” que enfrentamos. Doação diária e ininterrupta para a recuperação dos pacientes que estão entregues completamente em suas mãos. Médicos, enfermeiros, profissionais da limpeza e tantos outros que doam tanto de seu tempo e conhecimento para aqueles que lutam pela vida. Tantas mães na linha de frente, que deixam seus filhos em casa para cuidar de estranhos com muito profissionalismo sim, mas com uma dedicação, quiçá maternal, para que vidas não sejam perdidas. Minha admiração e respeito se estende a todas essas pessoas corajosas. 

E por falar em coragem, é preciso muita coragem para uma mulher assumir para si mesma e para o resto do mundo que não é seu desejo ser mãe e que ela se sente completa mesmo assim. Quanta pressão em nós mulheres para que nos sintamos realizadas apenas se conseguirmos ser mães, não é mesmo?

Há tantas mulheres, que na pressão por terem filhos, assim o fazem, mas acabam se sentindo mais vazias do que nunca. 

Atualmente percebo que há também uma grande onda de ideias e argumentos desmistificando essa narrativa. Afinal, a realização tem diferentes interpretações de acordo com as inúmeras individualidades, personalidades e culturas. A maternidade realmente transforma. Independente se o filho nasce da barriga ou do coração, esse momento, o de ser mãe, efetivamente, é de um poder transformador incrível que muda completamente o rumo dessa mulher. 

Uma vez, assistindo a um filme, a personagem soltou uma frase que nunca vou esquecer: “ter filho é como uma tatuagem na cara, sempre que você se ver, irá lembrar que é mãe”. Isso me marcou muito porque senti nessas palavras a responsabilidade que é cuidar de alguém de forma integral, profunda e ao mesmo tempo, complexa. É uma carga pesada aos olhos racionais, quero dizer, se ponderarmos a realidade do que é ser mãe, é fácil concluir que é uma missão quase impossível mas, o mais maluco de toda essa reflexão, é que quando vemos essa “realidade” aos olhos de uma mãe, a carga é leve feito o ar que ela respira, isso porque essa carga passa por um filtro chamado “amor”. Tudo ela suporta, tudo ela enfrenta. Se isso não é um milagre divino, eu não sei o que é.

A todas as mães, quero que nunca se esqueçam: vocês são inspiração e luz! Não apenas para seus filhos, mas para todas as pessoas que almejam exercitar e aplicar em suas vidas a dedicação, o empenho, a paciência e o amor.

Adriana Marques/MS

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