Vítor M. Silva

Parabéns NATO – 75 anos

 

Foi precisamente no dia 4 de abril de 1949 (fez ontem 75 anos) que o Pacto Atlântico foi assinado na cidade de Washington, nos Estados Unidos da América. O pacto constitui a base para a criação da “Organização do Tratado do Atlântico Norte”. Como penso ser do conhecimento coletivo, o objetivo era, e é, proteger o mundo da expansão soviética, garantindo assim uma forte presença norte-americana. Esta aliança estratégica adaptou-se e desenvolveu-se com o passar dos anos, mas provou sempre ser robusta e flexível.

Em 19 de novembro de 1990, com a assinatura do “Tratado das Forças da Europa” entre a NATO e os países do pacto de Varsóvia, deu-se um passo muito importante para deixar de haver adversários na Europa, mas claramente vivemos um passo atrás no momento presente.

A NATO mostrou ser uma solução assertiva, forte e relevante, estes 75 anos são, sem dúvida, anos de mais segurança para o mundo, anos de reconstruir países em paz, desenvolvendo a própria economia por todo o mundo. Neste momento, a Nato é mais necessária que nunca, todos os países com fronteira com a Rússia estão claramente ameaçados, temos muito para proteger e com poder limitado. Muitos países dependem completamente de uma aliança por trás deles para se escudarem. Se este conjunto de países for atacado, a paz e liberdade dependem da NATO e de aliados próximos. Ao mesmo tempo, a nossa obrigação como aliados é estarmos preparados para apoiar política e militarmente os nossos aliados, quando necessário.

A guerra da Rússia contra a Ucrânia deve fortalecer e expandir a aliança reunindo todos os países nórdicos como aliados. A Rússia e o seu presidente Putin tornaram o mundo mais perigoso, mas temos de estar seguros porque somos membros de uma forte aliança política e militar, estamos protegidos e nós contribuímos para proteger os nossos aliados. Mas a situação de segurança é grave e a nossa segurança não virá por si só, temos de aceitar que se a Rússia vencer a guerra contra a Ucrânia, isso mostrará, tanto a eles como a outros atores geopolíticos, que as fronteiras podem ser alteradas pela força. A longo e médio prazo, tornará o mundo mais instável e a nossa segurança estará em risco.

O cenário político mundial está a mudar drasticamente e em muitos países, da pior maneira, mudou rapidamente, mas o apoio à Ucrânia ainda é forte. A guerra de agressão da Rússia levou a parcerias novas e mais fortes entre os países que apoiam a Ucrânia – também com países fora da Europa. Devemos preservar isso. É importante para o futuro de todos. Agora devemos coordenar e planear a defesa, principalmente com os aliados nórdicos, de uma forma completamente diferente, relativamente ao que se fazia antes.

O exercício de “Resposta Nórdica” na primavera de 2024 é um bom exemplo do trabalho conjunto que está agora a ser feito no lado da defesa. Os governos devem levar a sério o investimento na segurança, defesa e preparação, e isso é urgente. É urgente para a Europa e para toda a comunidade transatlântica. A relevância e a força da NATO dependem da contribuição de todos. Nos próximos anos, os aliados devem também demonstrar que podem assumir maior responsabilidade pela nossa própria segurança e, quer coletiva ou individualmente, contribuírem mais para a segurança europeia e mundial.

“A Europa precisa da América do Norte para sua segurança, ao mesmo tempo, a América do Norte também precisa da Europa” – Jens Stoltenberg – Secretário-Geral da NATO

Vítor M. Silva/MS

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