Vítor M. Silva

Trump de joelhos

trump

 

 

Quem gosta de política acompanha o processo eleitoral nos Estados Unidos da América. Sou um dos que acompanham e nos últimos dias fiquei “atordoado” e penso haver muitos como eu que puderam ouvir o candidato presidencial norte-americano Donald Trump dizer que não garante o apoio militar, no quadro da NATO, a um Estado-membro que não assegure uma despesa em Defesa de 2% do PIB.

Trump com esta afirmação põe claramente em causa a proteção coletiva, isto vindo de alguém que quer ser Presidente dos Estados Unidos um importante membro da Aliança faz preocupar o menos atento. E esta afirmação acontece no meio de uma Guerra entre Ucrânia e Rússia. Todos sabemos da admiração entre Putin e Trump. Espero que os eleitores, no momento do voto, não se esqueçam desta nefasta relação.

Sejamos diretos o ex-Presidente norte-americano encorajou os russos a invadir países da NATO e isto não é só grave, mas também desolador, miserável e revela o caráter e as intenções de Trump. E, em sentido contrário, quem não se lembra dos elogios que Putin fez a Trump, quando se regozijou por Trump dizer que acabava com a Guerra na Ucrânia em 24 horas (percebe-se como). Tudo isso aliado a fortes suspeitas de envolvimento de agentes russos no processo eleitoral dos Estados Unidos influenciando o mesmo.

A extrema-direita e o perigo que representa está, infelizmente, à espreita aqui mesmo ao lado nos Estados Unidos, mas também (que falta de memória) em Portugal. Esta é a ideologia política, que está a crescer nas nossas cidades, disfarçada de manifesto do que as pessoas querem ouvir, no momento. Essa política tem um profundo desprezo pelos valores que nos fizeram criar fortes democracias, respeitando os direitos do ser humano e não tenham dúvida que esta política ameaça a liberdade.

O candidato a candidato republicano é um assumido militante destes valores, que podem compor a geopolítica mundial, de volta a regimes como o de Hitler ou Mussolini e em Portugal, claro, Salazar.

A extrema-direita quer estados autoritários que semeiam o pensamento único, não acolhem quem pensa diferente e sobretudo faz do ódio ao outro um discurso que, assustadoramente, passa na opinião pública para captação de votos. A votação massiva em partidos democráticos é essencial nos Estados Unidos como em Portugal. Temos AINDA direito ao voto e é assim que temos que os derrotar, em eleições. A derrota de Trump é essencial para que possa continuar a haver eleições por esse mundo. Pois, se os regimes autoritários proliferarem, em breve a liberdade e o direito ao voto estarão seriamente comprometidos.

Sinceramente temos que nos focar na democracia, nos estados de direito, claro que nem tudo são “rosas”, no entanto, não existe um melhor modelo político. Não entreguemos o mundo a algozes. Viva a Liberdade. Viva a Democracia.

“Nenhum outro presidente na nossa história alguma vez se curvou a um ditador russo. Bem, deixe-me dizer isso da forma mais clara possível: nunca o farei.” – Joe Biden

Vítor M. Silva/MS

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