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A música e o cérebro

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A música afeta o nosso cérebro de diferentes maneiras, estimulando-o e até mesmo fazendo com que ele se exercite. Hoje, boa parte dessas reações do cérebro à música já são bastante conhecidas, sendo que a cada dia a neurociência descobre novos impactos na atividade cerebral quando estamos a escutar alguma melodia.

Para entender como isso acontece, a primeira coisa importante saber é que não existe apenas uma região do cérebro estimulada pelas músicas. Na verdade, o que acontece é que o cérebro inteiro pode ser afetado e diferentes regiões respondem a diferentes estímulos provocados pela música. É por isso que a música tem um poder tão grande em nós, sendo celebrada em todas as culturas humanas.

Mas afinal como é o cérebro afetado?

O lóbulo frontal, por exemplo, é responsável pela tomada de decisão e pelo planeamento, e ao ouvir alguma canção a região é estimulada e podemos aprimorar essas funções. Já a área de broca, a região do cérebro responsável pela expressão da linguagem, é estimulada ao tocar uma música. Isso implica que tocar um instrumento pode melhorar a nossa capacidade de comunicar – curioso, não acham? Outro estímulo importante acontece no lóbulo occipital, a parte que processa o que vemos, localizada na parte de trás do cérebro. Os músicos profissionais estimulam muito esta região (para as pessoas que não são profissionais, apenas o lóbulo temporal, responsável por compreender os sons, é estimulado). Há estudos que nos relatam que as pessoas que vivem da música podem visualizar uma partitura quando estão a ouvir música.

Um dos exemplos mais notáveis do poder da música no nosso cérebro acontece no hipocampo. Esta é a principal região responsável por produzir e recuperar as nossas memórias, além de regular respostas emocionais. A música, além de estimular essa região, pode aumentar a neurogénese no hipocampo, permitindo a produção de novos neurónios e melhorando a memória.

A este propósito, talvez se lembrem do caso da bailarina espanhola Marta C. González, que foi diagnosticada com Alzheimer, e conseguiu lembrar-se dos passos de uma dança ao ouvir O Lago dos Cisnes. A música é capaz de ativar determinadas regiões do cérebro que respondem ao estímulo ativando memórias específicas.

 

Quem não “usa”, perde?

O nosso cérebro é um órgão extremamente eficiente. Isso significa que é ótimo em poupar energia, evitando coisas que nós não aproveitamos. Conforme estimulamos determinadas áreas do cérebro com uma atividade — ouvir música, por exemplo —, este órgão vai manter essas regiões ativas.

Por outro lado, caso não tenhamos o hábito de ouvir música, o cérebro usará os neurónios nesse caminho para outras coisas. Um exemplo que ilustra bem esse facto é a fala de outro idioma. Se aprendermos uma segunda língua quando criança, mas ficarmos anos sem praticar, vai ser difícil para o cérebro conseguir reproduzir esse “caminho de neurónios” novamente. Com a música acontece algo parecido e os estímulos que poderiam ativar o cérebro, com o tempo serão utilizados para outros fins.

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