As viagens da nossa vida
Ora viva, bom dia. Boa sexta-feira para si.
Cá estamos, eu deste lado com a caneta pronta e você desse lado sentado a ler o meu rascunho. Assim vamos. Assim estamos. Pelo menos temos o privilégio de o poder fazer. Espero-o com saúde e boa disposição. Pelo menos alguma.
Esta semana em cima da mesa o tema das viagens pós-pandemia, atrasos consulares, Passport offices que não têm mãos a medir e já há uns dias a esta parte mais confusão por falta de mão de obra, essencialmente neste setor.
Bem, para mim que até sou considerada uma “frequent traveller“ é complicado enfrentar estas filas sem fim à vista. Agora pergunto, eu e você com certeza também, como é que chegámos até aqui? Com uma pandemia que também insiste em ficar por entre nós com as variantes a ressurgir, dizia eu como é que nós nos metemos nesta alhada?
Bem, pela lógica, para onde foram parar estas pessoas que nos aeroportos até incomodavam por serem tantas e até demais?
Pouco auferiam, mas menos faziam. Até fazia impressão. Pareciam estar colados às cadeiras de tão letárgicos se tornavam ao olhar de quem por eles passava. Pois, belos tempos, sim, até os mais preguiçosos se cansaram dos seus postos e já nem nada querem mesmo fazer. É o que é e vai valer sempre o que vale. Meses a fio com escritórios encerrados. Documentos a perderem a validade e as filas em ordem super crescente. Como sanar?
Será que o nosso governo federal e provincial não terá cedido confiança a mais em “ofertar” o nosso dinheiro a quem nada quer da vida, a não ser quererem boa vida?
Para onde “fugiram” estes milhares de pessoas que agora nos fazem falta?
Sempre houve filas nos escritórios consulares. Sempre. Em Toronto no Canadian Passport office havia filas controladas, agora estão fora de controlo. No edifício consular português outra história mais complicada. Ali parece que se regozijavam em fazer as pessoas esperar horas a fio. E agora encerram as portas, temporariamente, por motivos por alguns desconhecidos. Como é possível? E porque é que a pátria-mãe por muito que a adore e respeite não “põe” mãos neste tema? Será que ninguém quer um trabalho de pouco fazer? Estranho. Mas são apenas as minhas observações. Às tantas somos nós que estamos errados em querer retomar uma normalidade que nos foi sanada de um dia para o outro, literalmente. E quão desorganizados estavam estes locais que também não conseguem encontrar o fio da meada perdida?
Falar é fácil. Fazer não sei, pelos vistos é mais complicado.
O aeroporto de Toronto tem sido considerado, de há uns dias a esta parte, o pior e o mais desorganizado do mundo. Wow. Vergonhoso pelo menos.
A ver se arribamos e conseguimos ultrapassar mais este episódio horrendo pós-pandemia. A ver. Pouco mais ou nada podemos fazer.
Fiquem bem e com calma. Pois as alternativas são piores.
Até já,
Cristina
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