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A relatividade do tempo

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Desde os primórdios que os mais ilustres homens da ciência se dedicaram a explicar o fenómeno do tempo.  A sua origem, significado, impacto e relatividade.

Um dos últimos, Albert Einstein, em busca de uma forma simples para explicar a sua teoria da relatividade, dizia: “quando um homem se senta ao lado de uma mulher bonita durante uma hora, parece que passou apenas um minuto. Mas, se ele se sentar sobre um fogão aceso durante um minuto, terá a impressão de ter estado ali durante a mais longa das horas. Isso é relatividade”.

O ano que agora termina ficará para a história como aquele que, certamente, mais adjetivos albergará quando caracterizado na sua plenitude. Facilmente, todos nós, encontramos palavras para qualificar 2020, relativamente aos mais diversos parâmetros e o tempo não foge à exceção.

É fácil perceber que o mundo rodou a diferentes velocidades e parou, diversas vezes, para combater a pandemia que assolou os cinco continentes, mas a perceção que tivemos dos efeitos da mesma nas nossas vidas varia de pessoa para pessoa.

Para muitos, a vida continua em suspenso à espera que tudo regresse à normalidade. Pessoas e famílias paradas no tempo à espera que a vida lhes sorria novamente. Empresas, empregos e famílias a aguardar que a tormenta passe e que dias melhores se avistem no horizonte.

Já para outros, a suspensão não foi o lado pior da pandemia. Para estes, 2020 será lembrado como o ano que lhes puxou o tapete do chão e lhes tirou o emprego, levou entes queridos ou que lhes encerrou os negócios, pelos quais tanto lutaram, para que, num fechar de olhos, tudo ficasse perdido e fosse preciso regressar ao início e, muitas vezes, reaprender a viver. 

Mas nem tudo foi mau. Para muitos, 2020 foi um ano de afirmação nos seus empregos, na redescoberta do espaço familiar e um ano sem precedentes no volume de negócios das suas empresas. Para estes, o ano que agora encerra abriu portas que teimavam em se querer fechar e foi definitivamente um salto para o futuro.

Tragicamente, para mais de um milhão e meio de pessoas, o mundo não parece estar em suspenso, não regressou ao início, nem tampouco saltou para o futuro. Simplesmente terminou. 

É impossível prever o que o futuro nos reserva, mas se haveria lição que a pandemia nos deveria ter ensinado é que juntos conseguimos e que temos o poder de transformar a vida do próximo, para melhor, com as nossas ações. Espero que 2021 seja, acima de tudo, um ano com saúde e de tolerância, introspeção, aceitação, união e de redescoberta da sociedade como um todo. Tudo o resto virá por acréscimo.

Quanto ao tempo… amigo ou eterno inimigo? O tempo o dirá!

Feliz Ano Novo.

Carlos Monteiro/MS

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