Vítor M. Silva

Vem aí um outro isolamento social

 

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Quando nos deparamos facilmente com o facto de que nenhum país do mundo tem políticas no bom caminho para conseguir que não ocorra um risco climático catastrófico, chegamos mesmo a conclusão de que o verdadeiro inimigo do mundo, somos nós próprios, a população mundial.

Todos temos que perceber que o acordo de Paris é claramente insuficiente. Mas as palavras não são suficientes, é necessária mobilização, mas todos num só sentido. Neste caso, precisamos de uma “ditadura” de ideias onde todos temos que convergir para simplesmente continuarmos a existir. Está mais do que na hora de pensar na natureza e afastar um pouco a ideia de viver só para a economia.

Sem dinheiro ainda podemos viver, mas sem ar não. Teremos que estar preocupados quando nos avisam que num espaço de tempo não muito distante pode morrer 10 % da população mundial, em consequência das alterações climáticas. Ninguém está preparado, em função das altas temperaturas conjugadas com a humidade, nem sequer poder sair de casa em determinadas alturas do ano. Ou seja, vem aí um outro isolamento social, diferente do que teve que acontecer com a COVID 19, mas com as mesmas ou mais nefastas consequências. Se quisermos relacionar esta situação climática com a atualidade da Rússia cortar o fornecimento do gás a Europa será uma longa noite para os mercados. Seria caso para perguntar: ainda podemos ficar pior? A má notícia é que sim, podemos realmente ficar ainda muito pior com todas estas variáveis negativas. Por isso estou interessado em acompanhar, até que ponto os países serão capazes de ir, para evitar esta tragédia. E nem as grandes referências nos valem. Veja-se o considerado grande motor europeu, a Alemanha, que atravessa uma crise sem precedentes e se os fornecimentos da Rússia pararem será mesmo calamitoso.

Permita-me que ache estranho como os Partidos Verdes espalhados pelo mundo não têm ganhado maior dimensão. Será que vamos ver isso acontecer? Mas deixando o futuro e falando de presente dei-me conta que nos Alpes, algures na fronteira entre a Suíça e a Itália, um imóvel turístico que estava completamente situado na Itália, estamos a falar de 1984, hoje em dia mais de metade deste, está em território suíço, fruto de um glaciar que está a derreter. Está a acontecer, não é passado nem futuro. É real! Vamos fazer alguma coisa, por favor. Uma fortíssima onda de calor está a assolar a Europa, aconteceu em julho e está a acontecer no corrente agosto.
O exemplo do Reino Unido onde nunca dantes os termómetros tinham atingido 40 graus, mas também em França e Portugal se atingiram verdadeiros recordes no que a altas temperaturas diz respeito. Mas não só a Europa, da China aos Estados Unidos da América as altas temperaturas disseram presente. Mas não somos só nós, os humanos, a sermos afetados, também por exemplo o Mar Mediterrâneo está muito semelhante, no que à fauna e às temperaturas diz respeito, com o Mar da Caraíbas. Muitas das espécies que habitam nos oceanos estão a morrer e a extinguir-se porque o seu habitat se transformou.

“O laço essencial que nos une é que todos habitamos este pequeno planeta. Todos respiramos o mesmo ar. Todos nos preocupamos com o futuro dos nossos filhos. E todos somos mortais.” – John Kennedy

Vítor M. Silva/MS

 

 

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