Vítor M. Silva

António Guterres. Orgulho

 

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O nosso beirão Guterres é hoje, mais do que nunca, sinónimo de orgulho de todos os portugueses.
Um exemplo de integridade, ética, cultura e humanidade. Qualidades estas que o levaram a Secretário-Geral das Nações Unidas. Revejo-me na coragem da sua afirmação dizendo que os ataques do grupo palestiniano Hamas “não aconteceram do nada”. Não sei se depois destas corretas e razoáveis afirmações alguns não vão pôr em causa a continuidade do nosso Guterres à frente das Nações Unidas. Não há muito tempo atrás o Embaixador de Israel na ONU dirigiu palavras insultuosas ao Secretário-Geral porque Guterres, e bem, pediu a abertura de uma fronteira para ajuda humanitária e um cessar-fogo imediato. Este embaixador teve a ousadia de dizer que António Guterres estava a ajudar os terroristas. Mas António Guterres, no seu discurso, condenou claramente os crimes do Hamas, apelou a um cessar-fogo humanitário e explicou o contexto de um povo cujas aspirações são conhecidas por todos. Não vejo neste discurso a tentativa de desculpar o ato bárbaro cometido pelos radicais do Hamas, aliás Guterres acha que a paz não é alcançada apenas através de armas, mas também através do diálogo e da reconciliação. O terrorismo não pode justificar mais terrorismo, as políticas radicais não podem justificar mais políticas radicais.  Israel queria mesmo um pretexto para justificar (mais) crimes de guerra? Quem não coloca esta questão hoje em dia? Basta refletir e assaltam-nos estas dúvidas. Se Israel tem a Mossad como uma das Secretas mais qualificadas do mundo, estas deixaram que tudo isto acontecesse, abandonando o seu próprio povo? Não precisa internamente o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu de uma manobra de diversão? Não parece este ato permitido pelo Governo de Israel?  Tudo o que aconteceu justifica matar indiscriminadamente civis palestinianos e deixar outros morrerem de fome com o isolamento? O ocidente tem que ter uma resposta e estar ao lado de Guterres. O Mundo não quer combater terroristas com terroristas. O rosto da ONU é português como nós. É Secretário-Geral das Nações Unidas. António Guterres é um embaixador de Portugal no Mundo e, neste momento, mais que nunca devemos remeter-lhe todos o nosso apoio. Ele usou simplesmente a verdade e, ao mesmo tempo, condenou os atos bárbaros de 7 de outubro praticados pelo Hamas em Israel. Mas volto a dizer que não podemos confundir o povo palestiniano com terroristas. É urgente que os Estados Unidos, aliado de Israel, tome posição a favor do nosso António Guterres. A liderança da ONU está ferida. E logo agora que precisamos de uma ONU fortalecida. É responsabilidade de todos erradicar a violência e os conflitos armados para alcançar uma paz duradoura.

“Com armas, você pode matar terroristas. Com educação, você pode acabar com o terrorismo. Você pode pertencer a qualquer religião, casta ou credo – isso não tem nada a ver com os negócios do Estado.”
Malala Yousafzai

Vítor M. Silva/MS

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