Saúde & Bem-estar

Falar “não” para os outros, faz parte do autocuidado

 

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Passamos na vida por algumas situações em que pessoas abusam de nossa boa vontade, simplicidade e até inocência, para benefício próprio. Será que devemos culpar essas pessoas que se aproveitam dessas nossas características ou, antes de mais nada, nos certificarmos de quanto poder estamos disponibilizando para o outro?
Um dos aspectos da maturidade é parar de culpabilizar as outras pessoas por nossa falta de habilidade em impor os limites necessários para uma boa convivência. Imagine aquele amigo que sabe que você nunca fala “não” para ele. Você acaba fazendo coisas que não queria apenas para que ele não fique chateado, não te julgue e você seja “amado” e visto como aquela pessoa que está sempre à disposição. Só que a pergunta que fica é: você está sendo seu melhor amigo? Você está à disposição dos próprios desejos , das suas próprias necessidades? O fato de dizer “não” , muitas vezes, demonstra auto-amor, auto-cuidado e o contrário, ou seja, estar sempre disponível, pode reforçar o comportamento do outro em estar sempre te solicitando algo.

Se entrarmos nessa ideia de sempre fazermos tudo que nos pedem, independente do nosso querer, entramos num círculo vicioso o qual nós mesmos demos início. E, ao contrário do que pensamos, ao nos anularmos perante as vontades dos outros, acabamos por nos tornar pessoas sem brilho, que atraem somente relacionamentos de mão única.

Se a outra pessoa não entender quando você se impõe em relação aos seus próprios sentimentos, talvez ela não esteja valorizando quem você é o suficiente para que o relacionamento flua.

Quando permitimos que nossos sentimentos não sejam respeitados, a gente vai se perdendo, deteriorando nossa essência, nossa autoestima e isso se reflete até na forma como o outro nos enxerga. Como alguém vai olhar para você com orgulho e o mínimo de respeito se nem mesmo você se enxerga dessa maneira?

Por isso, mesmo que seja difícil, é bom encarar-se no espelho da percepção, e se perguntar: eu quero mesmo fazer isso? Eu quero ir para a festa que me convidaram? Estou disposto(a) a passar por cima dos meus sentimentos em favor daquela pessoa? Não digo que não haverá momentos de concessões, porque não é nada saudável priorizar apenas a nós mesmos o tempo todo. Há uma linha tênue entre amor próprio e egocentrismo. Cuidado! Se há equilíbrio, não tem porque não fazermos um agrado ou estarmos dispostos a passar por cima de algumas coisas em prol daquele que contribui para uma relação de mão dupla.

Por isso, como tudo na vida, há que se buscar ter maior clareza das percepções, da visão de mundo tanto de nossa parte como na do outro. Essa clareza nos permitirá experienciar relacionamentos sólidos em que não precisaremos contabilizar o que eu fiz e o que você faz. Torna-se natural e gratificante.

Faça um exercício com você mesmo: você fala sim para tudo? E a pergunta principal que não quer calar: por que e por quem você está deixando de lado a sua verdadeira vontade? É a partir da reflexão profunda que vamos nos conhecendo, traçando limites e assim, vivenciando inteira e honestamente, a nossa caminhada.

Adriana Marques/MS

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