Saúde & Bem-estar

Despertando do sonho que é viver

Dias desses ouvi um podcast em que a entrevistada, uma brasileira de religião oriental, explicava um pouco sobre os meandros complexos e diferentes de sua filosofia. Digo “complexos” e “diferentes”, porque vivo nesse contexto ocidental. E ela disse algo que me chamou atenção. Ela explicou que a sua religião acredita que a vida que estamos vivendo é um sonho e que a verdadeira realidade é quando deixamos o corpo físico e partimos para o paraíso espiritual. Interessante notar que na maioria das outras religiões, sejam elas de origem oriental ou ocidental, quase todas falam a mesma coisa. E fiquei refletindo sobre isso porque, às vezes, no meu canto interno mais aleatório, me pego pensando que talvez tudo isso que estamos vivendo é uma ilusão. Pensar assim me força a viver mais intensamente dentro das coisas que acredito e a tentar fazer escolhas que realmente me deixam feliz e em paz com minha consciência

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Pensar que essa jornada que é a nossa vida passa feito estrela cadente, nos impele a dizer mais “eu te amo” para os nossos entes queridos, nos conduz a um modo de estar mais presente no presente, nos faz perceber quão pequenos são os atritos e as picuinhas do dia a dia, e, ainda, nos motiva a sermos mais ousados e a correr atrás dos nossos sonhos.

Parece que o sistema social em que estamos inseridos nos dá a ideia de que somos eternos e que não podemos ou devemos pensar na nossa finitude!  De que temos que viver apenas para pagar as contas e impostos. E também planejar o futuro com tamanha preocupação como se existisse um amanhã eterno. Não sou contra planejamentos mas, acredito que o nível de certeza do amanhã está num ponto um tanto quanto irreal. É preciso ter isso em mente ao fazer nossos planos.  Estar presente no aqui e agora é importante para sentirmos o gosto desse sonho de uma forma mais lúcida, se é que posso colocar esse antagonismo nessa frase.

O que quero dizer com tudo isso, é que a cada dia que passa, eu compreendo a necessidade de viver esse sonho um tanto quanto maluco, de forma mais leve, sem tanta pressão que nos colocamos ao longo do tempo, sem tanto peso em relação às responsabilidades. A necessidade de conhecer melhor a sua essência, suas vontades e anseios e valorizar quem você é. E coordenar mais esse sonho, ter um pouco mais de domínio sobre ele. Fazer mais pelo outro e deixar de ser egocêntrico é a consequência da autoestima e autoconhecimento conseguidos através de uma perspectiva menos punitivista e opressora, mais fluida e generosa.  Talvez pensando e agindo assim, a gente não se arrependa do que ganhou ou do que perdeu nessa vida quando chegarmos ao paraíso.  Se é que ele existe. E se não existir, mais um motivo pra fazer valer a nossa jornada.

Adriana Marques/MS

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