Tocam os sinos aqui ou além…

Ora viva, bom dia. Feliz sexta-feira de antevéspera de Natal. A sério?

Já cá estamos, sim senhor. Mais um Natal, mais um findar de ano (quase…). Um ano sem precedentes. A verdadeira pandemia e o seu peso, digam lá o que bem quiserem dizer, sentiu-se neste ano de 2022. Ao sair de um túnel escuro e quase a acender a vela da esperança, lá tombámos nós à mercê de um doido egocêntrico russo que nos presenteou com uma guerra inútil que ainda não sanou porque o seu ego é superior à destruição que está a causar. A soberba do poder, da vitória a qualquer custo. A custo de vidas inocentes, nem as crianças escaparam. Que horror.

Celebramos o Natal e tapamos “o sol com a peneira”, talvez para mantermos quiçá alguma sanidade. Retomou-se a azáfama do comércio em que, realmente, se tornou o Natal – acima de tudo, um ato “mercantil”. Materialista! Para dar e receber coisas que, por vezes, nem sabemos o que fazer com elas. Dar? Sim! Amor, respeito e amizade.

Este ano se já suspeitava, concluí que a verdadeira amizade está em vias de extinção. Que as pessoas, depois de estarem servidas, descartam o que já não querem, (pessoas também). Cheguei aqui com poucos dos meus amigos, dos “bons”, no regaço. Aqueles que gostam de mim, mesmo quando não tenho presentes para lhes dar. A verdadeira e pura amizade é o presente mais lindo.

Natal em família para quem a tem é um luxo. Proteger quem nos quer bem. Abraçar a quem amamos como se esse fosse o último abraço.

Que mais vos posso dizer? Que prezo cada vez mais as poucas pessoas boas e queridas que me acompanham. “Poucos e bons” já dizia a minha mãe. O mundo está repleto de “raposas matreiras com pele de cordeiro manso”.
É o que é e vai sempre, mas sempre, valer o que vale…

Fiquem bem, votos muito sinceros da minha família para a sua – Feliz Natal! Com muita saúde, paz, amor e algum dinheiro para gastar. Ah e não perder a esperança de que os sinos vão dobrar e anunciar alguma paz.

Até já,
Cristina DaCosta/MS