Somos o que comemos

Olá, muito bom dia. 

Sexta-feira, dia 28 de janeiro.  Mais um mês a despedir-se e que bruto este foi, ou agressivo, já que sem pedir autorização encheu-nos a cidade de neve, gelo, frio e lixo.

Lixo de tédio, de tristeza. Desse lixo. Lixo sem sol. Mas, assim estamos. Agora pergunto-lhe eu: já pensou alguma vez nas pessoas sem meios que ficaram ainda com menos do que tinham antes da pandemia? Você ajuda alguém? Alguma instituição? Pensa nos milhares de crianças que saem todos os dias de casa para os infantários, pré-escolas e até escolas, malnutridas? Pois é, esta pandemia veio estragar a vida precária que muitas pessoas já tinham. Triste realidade.  Muitas pessoas, hoje em dia, pensam e lutam contra este fator de vida cruel – ou me alimento a mim e à minha família, ou tenho um teto sobre a cabeça. Que fazer? Oh meu Deus onde é que vamos parar? Com tanta incerteza, com tanta fome escondida e tantas outras coisas que nós, que temos um pouco mais, nem imaginamos. Faço o que posso.

Ajudo sempre que posso. Tenho consciência de que há muita necessidade. Não podemos ser egoístas.  Insensíveis. Temos de ser mais gentis. Mais humanos. Afinal, por quanto mais tempo podemos nós cidadãos comuns viver em tal disparidade? Que sociedade precária é esta? Corta-me a alma. O coração. Não sou perfeita, mas sempre humana. 

Estes governantes que só olham para o próprio umbigo e que descuram os verdadeiros problemas da sociedade. Que só se “ralam” com as próximas eleições. Talvez aprendam quando lhes lembrarmos que só são políticos enquanto nós quisermos. Por isso é tão importante que nós, como cidadãos, façamos a nossa parte. É preciso estarmos atentos ao que se passa, recolher toda a informação que pudermos, para quando chegar a hora de decidir em quem votar, tomarmos essa decisão devidamente informados. É nesse momento que todos podemos dizer basta ou então aplaudir quem trabalha bem. Está nas nossas mãos. Sim, eu sei… até podem mudar as caras, mas muitas vezes tudo continua na mesma. Mas é nosso dever participar na escolha, sempre na esperança de que seja para melhor. Afinal, o que nos resta é mesmo isso – a esperança.

Ai… ai… quem me dera poder mudar de planeta. Quiçá os extraterrestres são mais meigos e entendem os verdadeiros problemas do século 21. 

É o que é e vale sempre o que vale.

Até já,

Cristina Da Costa/MS