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Ana Bailão determinante no arranque do Magellan

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O Magellan Community Care vai nascer no 640 da Lansdowne Avenue, e proporcionar aos seniores de origem portuguesa os cuidados que merecem, num centro de apoio à terceira idade, culturalmente dedicado. O nome de Fernão de Magalhães, o navegador que com conseguiu fazer a primeira viagem de circum-navegação, dando a volta ao mundo, é simbólico e honra todos os que um dia ousaram sair do seu país e partir à procura de um outro sítio onde pudessem ser felizes.

A necessidade de corresponder às exigências decorrentes do crescente envelhecimento da comunidade é sentida há já muitos anos. Há vários anos que muitos tentaram fazer alguma coisa que honrasse os mais velhos e lhes desse o cuidado e carinho que eles merecem. Por várias razões nunca foi possível, no entanto como na ocasião da apresentação oficial do projeto Magellan à comunicação social, em outubro de 2019, lembrou a, à época, vice-presidente da Câmara Municipal de Toronto, Ana Bailão, “desta vez as estrelas alinharam-se” e foi possível avançar com este projeto. O peso político que a comunidade tinha na altura em que Charles Sousa era ministro das Finanças de Ontário e Ana Bailão exercia funções da maior importância na City Hall, foi determinante para se chegar ao ponto em que estamos hoje.

Na realidade, a possibilidade de candidatura às licenças para abertura de um Centro desta natureza, associada ao plano de Affordable Housing da Câmara de Toronto (liderado por Bailão) abriram as janelas de oportunidade que o grupo de membros fundadores soube aproveitar.

O terreno onde vai nascer o projeto Magellan foi cedido pela Câmara Municipal de Toronto, em regime de aluguer por 99 anos, (pela quantia simbólica de um dólar por ano, o que perfaz o total de 99 dólares). O município de Toronto comprometeu-se ainda a construir uma área verde e unidades de habitação acessível. O espaço vai ter capacidade para 320 idosos e a última fase do projeto passa pela construção de um centro comunitário com vários serviços.

Nunca é demais sublinhar que naquele que virá a ser o primeiro centro de cuidados de longa duração da comunidade luso-canadiana a cultura portuguesa vai ter um especial enfoque, de forma que os idosos se sintam mais à vontade, uma vez que a grande maioria não domina a língua inglesa. No futuro os programas de atividades incluirão entre outras atividades: a cozinha tradicional portuguesa, trabalhos manuais, aulas de culinária, sessões de cinema, exercício físico, workshops e aulas de informática. O novo lar de idosos Magellan será caloroso e acolhedor em conceito e design.

Na ocasião da apresentação do projeto, Ana Bailão, presente na sua qualidade de vice-presidente da Câmara Municipal de Toronto (2019), concedeu uma entrevista ao Milénio onde ficou claro o trabalho que desenvolveu para ajudar este projeto a nascer. Nesta ocasião em que tanto se fala da sua eventual candidatura à presidência da Câmara Municipal de Toronto pareceu-nos importante voltar a publicá-la. Assim talvez se entenda melhor porque seria bom para toda a comunidade portuguesa ter uma mulher como Ana Bailão à frente dos destinos da maior e mais importante cidade do Canadá.

Milénio Stadium: Como responsável pela pasta da habitação acessível da Câmara Municipal de Toronto, sente que este é um passo importante?
Ana Bailão: É um projeto importante porque é especial para a área que represento e como luso-canadiana não podia estar mais satisfeita. Para além disso acho que deve ser um motivo de muito orgulho para a autarquia.

Milénio Stadium: É a primeira vez que a Câmara Municipal de Toronto cede um terreno para construir uma valência para a terceira idade.
Ana Bailão: Nós fazemos muitos projetos para habitação acessível e este é mais um projeto para esse fim. No entanto, neste caso concreto, o Magellan vai ser maioritariamente para idosos. A autarquia reconheceu que, de facto, precisávamos de mais casas deste género na baixa da cidade, até porque temos perdido algumas.
Nesta área existe uma grande percentagem de população portuguesa idosa e achámos que seria uma mais-valia para a comunidade local e para a cidade. Este terreno estava desocupado há muitos anos e agora vai ser bom vê-lo finalmente ocupado.

Milénio Stadium: Porquê este terreno e não outro qualquer?
Ana Bailão: O Magellan vai servir sobretudo a comunidade portuguesa e esta área tem um número significativo de residentes portugueses, e por isso achámos que fazia sentido esta localização.

Milénio Stadium: A autarquia também vai avançar com a construção de uma área verde.
Ana Bailão: Nesta área não temos um número suficiente de espaços verdes e achámos que fazia sentido criar mais um para que as pessoas pudessem passar mais tempo ao ar livre. A área vai servir os novos residentes do Magellan e as pessoas que já moram na área. Acho que vai ser bom para toda a comunidade.

Madalena Balça/MS

 

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