Vítor M. Silva

Pedro Nuno Santos – a lufada de ar fresco

Pedro Nuno Santos

 

Hoje, dia 5 de janeiro de 2024, começa o virar de um ciclo dentro do Partido Socialista em Portugal. António Costa, neste fim de semana, passará a batuta a Pedro Nuno Santos para que este possa conduzir o partido, primeiro a ganhar as eleições e depois governar o país. Futurologia à parte, parece claro pelas sondagens que Pedro Nuno Santos parte em grande vantagem para ganhar as eleições legislativas arquitetadas e desenhadas pelo coração de direita do Presidente Marcelo Rebelo de Sousa.

Acredito piamente que, à data de hoje, o Partido Socialista vai ganhar estas eleições com maioria. Como assim? O Chega cresce e o Partido Social Democrata, com a ressurreição da velha Aliança Democrática, só consegue ressuscitar fantasmas. Cavaco Silva (Superstar) é, desde logo, o primeiro e sem projeção nem valor eleitoral. Depois o fantasma de Pedro Passos Coelho, aliás, quero deixar claro, para mim o pior primeiro-ministro desde a vitória sobre a ditadura de 1974. Na direita muitos esperam ver uma aliança entre André Ventura e o seu amigo de sempre Pedro Passos Coelho.

Aqui trago outra vez os fantasmas, os fantasmas da ditadura, da opressão, do fascismo, da falta de liberdade. O povo português não quer ser governado por fantasmas, quer sim ter no Governo pessoas reais capazes de construir um país melhor. Os jovens devem ser educados não simplesmente a reunir-se onde aprendem, como diria o saudoso Jacques Delors, “valores comuns forjados no passado”. Temos que ter sim uma finalidade, uma razão de sermos sociedade com valores progressistas e sociais-democratas.

Ninguém espere um governo perfeito, não existe. Ninguém espere um primeiro-ministro perfeito. Não existe. Mas Pedro Nuno Santos é o mais bem preparado para que Portugal continue com contas certas e com desenvolvimento, com excelentes rácios financeiros aliando a preocupação social. Quem anda pelas ruas de Portugal e faz perguntas percebe o crescimento do Chega, mas também percebe o desaparecimento do Partido Social Democrata.

Não são boas notícias para o país, o crescimento de um partido de extrema-direita, mas nem tudo é mau pois muitos votos do centro deslocam-se para o Partido Socialista dando-lhe mais fortalecimento.

Em março teremos na Assembleia da República o principal partido da oposição com ideias de extrema-direita. Estranho… pois a casa da democracia ficará envergonhada a cada plenário ocorrido.

As boas notícias são de esperança. Esperança em Pedro Nuno Santos, o neto de sapateiro e filho de empresário, que é sem dúvida a lufada de ar fresco que a política em Portugal está a precisar, neste momento.

“O que eu exijo é quase impossível, pois é preciso derrotar a nossa história. E, no entanto, se não a derrotarmos, é preciso conhecer uma regra que se impõe: nacionalismo, isto é guerra! A guerra não é apenas o passado, pode ser o nosso futuro, e estes são vocês, senhoras e senhores representantes, que são os guardiões da nossa paz, da nossa segurança e do nosso futuro.”

François Mitterrand

Vítor M. Silva/MS

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