Vítor M. Silva

O trabalho hercúleo de Medina

Fernando Medina ministro das Financas

Quem acompanha a política portuguesa saberá que nem sempre no passado as contas andaram certas.
Neste momento, o facto de estarem mais certas do que nunca, traz segurança e muitas garantias para o futuro de todos os portugueses.

Neste ponto, temos que dar muitos créditos a Fernando Medina – ministro das Finanças. Estamos num excelente caminho no que a contas diz respeito. O peso da Dívida Pública no Produto Interno Bruto (PIB) desceu quase 14% face aos 112% que se verificaram em 2022, ficando ainda abaixo dos 103% que o Governo previu em outubro, alcançando assim um valor menor do que 100%, o que é mais baixo do que previra antes. Excelente. Assim a dívida de Portugal ficou abaixo dos 100% do Produto Interno Bruto em 2023, fixando-se nos 98.7% . Isto são dados naturalmente divulgados pelo Banco de Portugal, entidade máxima que temos para controlo destes valores.

Este é o rácio de dívida mais baixo desde 2009, ou seja, quinze anos, o que me parece digno de louvar e reconhecimento. A dívida portuguesa decresceu assim 9.40 mil milhões de euros em relação ao ano anterior, conseguindo assim Portugal sair da lista dos países com mais endividamento da Europa, onde até com alguma vergonha estivemos colocados durante anos a fio. Por lá continuam países como a Grécia, Itália, França, Espanha e Bélgica.

Sabemos que um orçamento é como o cabelo, mensalmente tem que se cortar o excesso, caso contrário vamos tropeçar no próprio cabelo e a hipótese de cairmos será grande. Tudo isto será também relevante no pagamento de juros por parte de Portugal que terá um impacto de 3.3 mil milhões, segundo o próprio ministro das Finanças.
Será justo fazer uma menção a Mário Centeno e a João Leão os ministros das Finanças que antecederam Medina e que muito contribuíram para que tudo o que descrevi atrás fosse uma realidade. Ainda tem mais valor toda esta situação com o que se viveu com a pandemia que assolou o mundo, assim como os vários cenários de guerra que, bem sabemos, não foram nem são nada bons para a inflação mundial. Tudo isto aconteceu nunca pondo de lado o apoio às famílias e às empresas, assim como um investimento em muitas áreas no país.
O saudoso Mário Soares costumava referir que disciplinar o orçamento é bom, mas não é tudo. As pessoas são o mais importante. E concordo em absoluto, por isso e que se destaca aqui conseguir fazer as duas coisas.
Já que o Senhor Professor Marcelo gosta de dar notas, bem pode dar um 10 (numa escala de 1 a 10) a Fernando Medina. Bravo senhor ministro das Finanças!

“O diabo não veio por uma razão muito simples, é que o diabo é a direita e é porque os portugueses não devolveram o poder à direita. Ao mesmo tempo nós conseguimos aumentar salários e ao mesmo tempo criar empregos, nós conseguimos aumentar salários e aumentar o investimento das empresas, nós conseguimos aumentar salários e aumentar as exportações, nós conseguimos aumentar salários e melhorar a nossa competitividade, nós conseguimos aumentar salários”

António Costa

Vítor M. Silva/MS

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