Vítor M. Silva

2026 – Mário Centeno

mario centeno

 

Janeiro de 2026 será o mês em que Portugal irá a votos para eleger o próximo Presidente da República. Está ainda fresca na memória de todos a recente eleição do mayor de Toronto, que contou com 102 candidatos. Até esse frio janeiro de 2026 talvez os candidatos apontados ao primaz lugar da política portuguesa contem também algumas dezenas. Embora no boletim acabem por ser uns dez na primeira volta e pode acontecer uma segunda volta com os dois mais votados. Quem não se lembra da disputa entre Mário Soares e Freitas do Amaral?

Voltando aos dias de hoje, muitas figuras se perfilam, desde Passos Coelho a Duarte Mendes, passando por Henrique Gouveia e Melo e claro António Costa e Augusto Santos Silva. Mas quero ajudar no raciocínio de quem será o melhor acrescentando Mário Centeno. No caso de António Costa embarcar num navio que o leve a outros descobrimentos, parece-me que Mário Centeno será o preferido dos portugueses para presidir na senda de nomes históricos como Jorge Sampaio ou Mário Soares.

Quem é Mário Centeno? Todos conhecemos o excelente trabalho que fez como Ministro das Finanças e agora como Governador do Banco de Portugal, mas tem na carreira de professor reconhecido mérito, assim como é o autor de várias publicações literárias sobre economia do Trabalho. Um amigo dos meus tempos de agente político sempre dizia que precisávamos de empresários e de economistas de sucesso na gestão pública e não de pseudointelectuais contadores de histórias. Ascenso Simões, um dos mais valorosos deputados transmontanos, escreveu acerca dos resultados económicos que Portugal alcançou, que estes tinham um pai (António Costa) e uma mãe (Mário Centeno). Estes conseguiram uma combinação perfeita de estratégia política, leia-se políticas económicas e financeiras. Tiveram alguma ajuda externa favorável, temos que reconhecer, mas também no seu governo usaram as diretrizes necessárias para uma governação reconhecida por todos como exemplar. Socorrendo-me dos dados do INE vamos a factos:

  • A carga fiscal, medida pela receita fiscal e contribuições para a segurança social ficou nos 37% do PIB, ligeiramente abaixo do ano do “enorme aumento de impostos” de 2013 (quando ficou em 37,1% do PIB), assumindo-se assim como a segunda mais elevada desde 1995.
  • A tributação indireta, onde está por exemplo o IVA e os impostos sobre o consumo, atingiu em 2017 um peso historicamente elevado (15% do PIB), quando a média desde 1995 é de 13,9%.
  • A despesa corrente sem os juros da dívida pública – onde se destacam os gastos com pessoal e as prestações sociais – foi de 37,7% do PIB, menos 1,1 pontos do que em 2016 e correspondendo ao mais baixo valor relativo desde 2003.
  • As despesas com os salários da função pública registaram o mínimo histórico de 11% do PIB.

Assim sendo, Mário Centeno será o nome que todos vão querer ver como alguém que tem de funcionar como supervisor, como garantia de estabilidade.

“Na política acontece como na matemática: tudo o que não está totalmente certo, está errado.” – Edward Moore Kennedy

Vítor M. Silva/MS

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