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Monkeypox

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Ainda que tenha sido descoberto pela primeira vez em 1958, o vírus Monkeypox está, mais de 60 anos depois, na ordem do dia. Tudo porque no dia 5 de maio, em Inglaterra, um homem com lesões na pele foi internado num hospital de Londres e posteriormente transferido para um centro especializado em doenças infeciosas. No dia 12 de maio veio a confirmação: estava infetado por este vírus. A partir daí vários outros casos foram detetados noutros países – entre eles Canadá e Portugal -, mas ainda existem muitas dúvidas referentes a este surto.

O que sabemos sobre o Monkeypox

O vírus foi detetado, num primeiro momento, em colónias de macacos, quando se registaram dois surtos de uma doença bastante parecida com a varíola. Só em 1970 é que foi confirmado o primeiro caso em humanos, na República Democrática do Congo, numa altura marcada pelo forte combate e erradicação da varíola.
Esta doença viral, rara e semelhante à varíola também é conhecida como varíola dos macacos já que o vírus por norma infeta macacos, mas pode – acidentalmente – contaminar humanos.

Até ao momento existem mais de 400 casos confirmados ou suspeitos espalhados pelo mundo – Espanha, por exemplo, detetou no final do mês de maio aquele que se acredita ser o primeiro caso de Monkeypox numa mulher. De realçar ainda que os casos relatados se registam em mais de 20 países, onde este vírus não circulava anteriormente.

Infeção teimosa

Recentemente, um grupo de cientistas da Escola Superior de Medicina Tropical de Liverpool, no Reino Unido, chegou à conclusão que os indivíduos que com sintomas graves de Monkeypox podem continuar infetados num período maior do que o que se poderia imaginar: até 10 semanas.

Este estudo foi publicado na revista científica The Lancet Infectious Diseases, e analisou sete casos registados no Reino Unido entre 2018 e 2021. Entre os doentes, os cientistas encontraram um – um homem com cerca de 40 anos – que continuou a testar positivo para a doença mais de 70 dias depois de apresentar os primeiros sintomas: após ter estado hospitalizado durante 39 dias, o homem voltou a ter lesões ulcerativas e gânglios linfáticos inchados, depois de ter relações sexuais – cerca de seis semanas após a alta médica. Realizou um novo teste e confirmou as suspeitas: continuava infetado. Ainda assim, os autores do estudo referem que por norma o vírus desaparece em cerca de quatro semanas.

Os sinais de alerta

Alguns dos sintomas associados à infeção da varíola dos macacos incluem:

  • Febre
  • Dor de cabeça
  • Dores musculares e nas costas
  • Nódulos (gânglios) linfáticos inchados
  • Erupção cutânea
  • Lesões ulcerativas
  • Arrepios
  • Exaustão

O período de incubação pode variar entre os seis e os 16 dias, podendo no entanto chegar aos 21. Para além dos sintomas referidos, a doença pode ainda evoluir para uma broncopneumonia, sépsis ou encefalite, ou provocar uma infeção da córnea, que pode levar à perda de visão. Ainda que não seja tão comum, a varíola dos macacos pode, em casos mais graves, levar à morte.

Cuidados a ter

Se por acaso sentirem ou notarem sintomas suspeitos, devem imediatamente cessar todos e quaisquer contatos físicos diretos, já que a doença não só é transmissível através de contacto com animais, como também através de contacto próximo com pessoas ou materiais contaminados, tais como a roupa.

Para além disso, devem ser testados (o teste é muito semelhante ao que fazemos para detetar o SARS-CoV-2) e serem alvo de rastreamento caso o teste dê positivo.

Ainda que esta doença não possua uma terapêutica específica associada, a vacina contra a varíola, antivirais e a imunoglobulina vaccinia (VIG) podem ser usados tanto como prevenção como tratamento para a doença provocada pelo Monkeypox.

Inês Barbosa/MS

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