Poema de uma existência

No fundo somos crianças perdidas no mar
Sem nenhuma chance de vir alguém para resgatar
Será?
Se não ter fé o peso todo vai afundar
Encher de água até a esperança afogar
No mar,
a nadar
com fé
Iemanjá pra boiar
Nadar até não sei aonde.
Poderia falar que um dia vamos chegar
numa ilha bonita com areia branca
coqueiros e pedras, cheio de encantos
repousar na sombra, bendito descanso.
Mas eu sou criança como você.
Que segredo guardam as águas
O medo só cria ilusões
somos crianças no mar
fingindo que tem soluções
Talvez o segredo da vida
como Caeiro dizia
são flores, o sol que se vê
o mistério é uma vaga ilusão.
Não sei deixe levar pelo orgulho
porque ele te afunda bem fundo
Não se deixe levar pela vaidade
porque a vida não terá de você piedade
E deixa a maturidade
que chega com tantos espinhos
Te manter forte e seguindo sem medo do seu caminho
No mar,
a nadar
com fé.
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