Saúde & Bem-estar

Dietas vegetarianas prós e contras

A woman holds a plate with eggplant, onion, corn and green beans, close-up, healthy food preparation.

 

As dietas vegetarianas podem proporcionar consideráveis benefícios para a saúde. No entanto, como tudo na vida é sempre preferível não entrarmos em extremismos cegos. É que os vegetarianos mais radicais não podem esquecer-se de que necessitam de manter uma dieta equilibrada e adequada às necessidades quotidianas.

Como o próprio nome indica, as dietas vegetarianas têm como base o consumo de alimentos de origem vegetal, como frutas, hortaliças, legumes, vegetais, sementes e leguminosas. Até aqui tudo certo, todos sabemos que estes são alimentos saudáveis e necessários no nosso dia a dia alimentar, mas… há cuidados a ter para que este tipo de alimentação não se transforme num problema.

Vamos começar por identificar os tipos de vegetarianismo que existem, que são três:

  • Ovolactovegetarianos – É o maior grupo e as pessoas consomem leite e derivados, ovos e alguns até peixes.
  • Lactovegetarianos – Apenas consomem o leite e derivados e não os ovos.
  • Veganos – São aqueles que se alimentam exclusivamente de vegetais.

Benefícios e não só…

Os vegetarianos tendem a ser mais magros e a terem menos complicações de saúde relacionadas com as doenças cardiovasculares, taxas elevadas de colesterol sanguíneo, diabetes do tipo 2, cancro do cólon e do pulmão, doenças diverticulares e hipertensão.

Esta alimentação pode, de facto, ser muito saudável, desde que seja bem planeada. O maior problema é que dependem unicamente dos alimentos de origem vegetal para atingirem as necessidades em proteínas e noutros nutrientes.

O que foi dito, no entanto, não significa que o vegetariano não possa desenvolver complicações de saúde nas áreas mencionadas. Se houver um consumo exagerado de hidratos de carbono e uma ingestão elevada e consecutiva de ovos, este tipo de alimentação pode acarretar diversos problemas, como o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, aumentar os valores do colesterol e dos triglicéridos sanguíneos, etc.

Por outro lado, normalmente, os vegetarianos conseguem atingir as necessidades proteicas diárias com alimentos que têm poucas ou nenhumas gorduras saturadas e colesterol.

Os vegetarianos mais radicais – os chamados de vegans ou veganos – precisam de ter algum cuidado, para que a alimentação seja equilibrada e adequada às suas necessidades diárias, porque há défice de alguns nutrientes nos alimentos de origem vegetal.

Entre eles, temos:

  • Vitamina B12 – Só é encontrada em alimentos de origem animal. Assim, os veganos necessitam de suplementação ou de alimentos fortificados (ou suplementados) com esta vitamina, como, por exemplo, alguns cereais de pequeno-almoço e bebidas à base de soja.
  • Vitamina D – As bebidas vegetais suplementadas com vitamina D e a exposição ao Sol – a incidência dos raios solares na pele faz com que esta vitamina seja sintetizada – fazem atingir, geralmente, as doses diárias recomendadas. Só os veganos é que podem necessitar de uma suplementação, caso não se exponham ao Sol, todos os dias, durante alguns minutos.
  • Cálcio – Bebida de soja suplementada com cálcio pode ser uma boa opção. Vegetais de folha verde, como espinafres, couves diversas e grelos, também são ricos neste mineral e devem ser utilizados na preparação das refeições. Contudo, é de lembrar que estes alimentos contêm ácido oxálico (ou oxalato), substância que diminui a absorção de cálcio pelo organismo.
  • Ferro – Para ser evitada uma suplementação, deve incluir-se leguminosas – ervilhas, favas, grão-de-bico, lentilhas, feijão –, vegetais de folhas verde escuro, frutos secos – passa de uva, figo, damasco, ameixa –, frutos oleaginosos – amendoim, pinhão, noz, pistacho, caju, amêndoa, avelã – e cereais integrais. Saiba, também, que pode aumentar a absorção do ferro com alimentos ricos em vitamina C, como frutos cítricos, morango, kiwi e sumos naturais destes frutos, etc.
  • Zinco – Os alimentos veganos ricos em zinco são: legumes, cereais integrais, derivados da soja, nozes e sementes. Porém, os cereais integrais e os legumes têm na sua constituição uma substância chamada de ácido fítico (ou fitato) que prejudica a absorção do mineral e faz com que este seja eliminado juntamente com as fezes.

Para o final deixamos alguns fatores que se relacionam com o aumento exponencial de vegetarianos no mundo, já que funcionam como agentes de motivação para adoção deste tipo de alimentação.

Saúde: a convicção de que uma alimentação saudável e orgânica é baseada em vegetais. Excluem a carne do cardápio, porque não a consideram um alimento essencial.

Razões ecológicas: o acreditar que as formas de criação extensiva e intensiva de animais são algumas das principais causas da degradação do planeta, já que segundo um estudo da FAO, o setor pecuário gera mais gases de efeito estufa do que o setor de transporte. Portanto, ele seria um dos principais impulsionadores do aquecimento global.

Religião: algumas religiões promovem o vegetarianismo como estilo de vida. Um exemplo disso é a religião hindu, que afirma que a vaca é um animal sagrado e digno de veneração. Portanto, não poderia ser usada para fins de consumo humano.

Ética: a dieta vegetariana, por razões éticas, está relacionada à defesa dos direitos dos animais. Os seus defensores consideram a morte do animal antiética. Também condenam os maus-tratos e exploração com o único objetivo de produzir produtos para consumo humano (alimentos, objetos, roupas…).

MB/MS

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