Dia 2 de fevereiro é o Dia Internacional das Zonas Húmidas e este ano as Nações Unidas destacam a dependência que o bem-estar humano tem destas áreas.
Zonas Húmidas são todas aquelas que são inundadas de água, seja temporariamente ou em permanência, onde se incluem rios, lagos, charcas, estuários, pântanos, sapais, etc. Nestes locais a água é o principal elemento potenciador de vida, numa interatividade vital com fauna e flora, num equilíbrio interdependente entre todas as peças integrantes destes ecossistemas.
O Dia Internacional das Zonas Húmidas foi instituído e celebrado pela primeira vez em 1977, marcando também o aniversário da Convenção sobre as Zonas Húmidas, quando foi estabelecido o tratado internacional em 1971, reconhecendo o vital valor destas áreas para a vida na Terra e para a sua biodiversidade.
Na página das Nações Unidas pode ler-se:
“Estas zonas são críticas para as pessoas e para a natureza, dado o valor intrínseco destes ecossistemas e dos seus benefícios e serviços, incluindo as suas contribuições ambientais, climáticas, ecológicas, sociais, económicas, científicas, educativas, culturais, recreativas e estéticas para o desenvolvimento sustentável e para a o bem-estar humano.
Embora cubram apenas cerca de 6% da superfície terrestre da Terra, 40% de todas as espécies vegetais e animais vivem ou reproduzem-se em zonas húmidas. A biodiversidade das zonas húmidas é importante para a nossa saúde, para o nosso abastecimento alimentar, para o turismo e para o emprego. As zonas húmidas são vitais para os seres humanos, para outros ecossistemas e para o nosso clima, fornecendo serviços ecossistémicos essenciais, como a regulação da água, incluindo o controlo de cheias e a purificação da água. Mais de mil milhões de pessoas em todo o mundo dependem das zonas húmidas para a sua subsistência – isto é, cerca de uma em cada oito pessoas na Terra.”
As Zonas Húmidas são os ecossistemas mais ameaçados, e em degradação, do planeta. A sua destruição é atualmente 3 vezes mais rápida que a das florestas. Em apenas 50 anos desapareceram cerca de 35% das Zonas Húmidas.
Em Portugal, o ICNF (Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas), promove uma série de ações em todo o território, com o apoio e participação de associações ambientais, instituições públicas e sociedade civil.
(para saber mais: ww.icnf.pt/atualidade/datascomemorativas)
Transcrevo mensagens do ICNF:
“A campanha deste ano destaca três mensagens principais. Convidamo-lo(a) a adaptá-las e a partilhá-las amplamente.
– Investir na utilização sustentável das zonas húmidas significa investir no futuro da humanidade.
– As zonas húmidas podem proporcionar às cidades e aos seus habitantes múltiplos benefícios económicos, sociais e culturais que apoiam o bem-estar humano.
– O restauro das zonas húmidas é essencial para superar a crise climática e da biodiversidade e para cumprir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável para benefício de todas as pessoas.”
(…)
“Quem pode organizar eventos e participar?
Uma vez que as zonas húmidas são importantes para todas e todos nós, o Dia Mundial das Zonas Húmidas está aberto a todas e a todos – desde organizações internacionais, governos, profissionais de zonas húmidas, a crianças, jovens, meios de comunicação, grupos comunitários, decisores, a todos os indivíduos.
Organize uma atividade (saiba se necessita de alguma autorização prévia) e promova as zonas húmidas!”
Ajudemo-nos a nós próprios, sejamos participantes ativos, salvemos a Terra.
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