Toronto, cidade mistério
Olá muito bom dia. Sejam muito bem-vindos a mais uma edição do jornal Milénio.
Espero-o com saúde e alegria. Que bom mesmo que nos ceda um bocadinho do seu tempo para parar e ver o que se passa no nosso mundo e na atualidade. Esta semana, o Milénio foca-se nisso mesmo – na segurança, ou não, da nossa cidade. A fantástica (que já foi mais…) cidade de Toronto.
E porque digo eu “já foi mais”? Porque é esse o sentimento que me transparece ao percorrer as ruas desta cidade há já algumas décadas.
Cidade cosmopolita, em franco desenvolvimento, a quarta maior da América do Norte, mas nem por isso está no seu auge. Nem toda a construção e transformação na zona ribeirinha e um pouco por toda a cidade me conseguem inspirar segurança, nem vontade de muito mais. Toronto está sujo e isso agradecemos ao nosso presidente da Câmara Municipal por não saber delegar prioridades. Ao invés envia os seus comparsas à caça de multa – uma verdadeira perseguição aos motoristas, que se estão a circular é porque estão a tentar fazer algo pela vida. Descurando e deixando que tudo o resto maltrate a cidade e os parques municipais.
Parece mesmo, desde o início da pandemia, com os pátios pré-fabricados, uma cidade do além, sem nexo. Uma cidade desconcertada, desorganizada, onde qualquer coisa vale. Não pode ser assim. Principalmente quando um relatório recente nos coloca no Top 5 das cidades mais seguras do mundo para se viver. Mas pergunto eu: Segura para quem?
Para quem fica em casa, para quem não sai à noite para jantar, ou para se divertir num bar ou clube noturno? Quando a violência é evidente e a cada dia que passa, mais e mais, durante a noite ou de dia, a qualquer hora que seja. Como é que pudemos ser considerados desta forma?
A publicação The Economist, lançou estes dados recentemente, mas baseada em quê, mais propriamente? Toronto situa-se na segunda posição, numa lista das 60 cidades mais seguras do mundo. Imediatamente atrás de Copenhaga, que foi a grande vencedora, e à frente de cidades como Singapura, Sydney e Tóquio.
O relatório alerta para os indicadores digitais, de saúde, infraestruturas, segurança pessoal e de meio-ambiente. Agora diga-me: E o resto?
Quando a Polícia de Toronto sofre perdas de subsídios e há cada vez menos carros-patrulha nas ruas e, inclusive, algumas estações da polícia estão a ser encerradas.
Há que saber lidar.
Mais é menos. Não se meta em trabalhos, nem em lugares desconhecidos. Há que valorizar a nossa intuição. Se for mulher não descure o seu sexto-sentido.
É o que é e vale o que vale.
Fique bem. Em segurança e com muita saúde.
Até já,
Cristina
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