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Magellan Community Care – Ajudar é preciso

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Créditos: DR.

Faz parte da nossa matriz cultural – o respeito pelos mais velhos, saber cuidar deles e honrar o seu legado de valores e princípios. Aos mais idosos devemos a coragem de terem desbravado o caminho para os que hoje vivem e trabalham no Canadá. É agora tempo de lhes devolver um pouco de toda a dedicação e entrega aos filhos e netos.

Um pouco da história

Basicamente, foi este o motor que fez acionar vontades, nomeadamente dos três fundadores – John Peter Ferreira, Jack Prazeres e Manuel DaCosta -, que contaram com a inestimável cooperação do, à época, ministro das Finanças de Ontário, Charles Sousa, que permitiu que o sonho começasse a ganhar forma. Em abril de 2018 foram concedidas as licenças pelo Ontario Ministry of Long-Term Care para um lar culturalmente específico que terá que cumprir as seguintes condições: profissionais de saúde que falem português; atividades cultural e espiritualmente desenvolvidas em ambiente cultural sensível; promoção de programas sociais e recreativos em português e alimentação que deve incluir pratos tradicionais. É então que surge em cena Ana Bailão que em março de 2019, na sua qualidade de vice-presidente da Câmara Municipal de Toronto, conseguiu garantir a cedência do terreno por 99 anos, a um dólar/ano, para além de uma série de outras benesses (como por exemplo a isenção de taxas) que resultaram num apoio do município de Toronto a este projeto que atinge vários milhões de dólares. Depois foi preciso elaborar o projeto de construção do Magellan Community Care que albergará 256 idosos, para além de 56 unidades de vida assistida, sendo que 47 das quais serão consideradas affordable housing (residências a preços acessíveis).

Apesar do ano de 2020 ter sido marcado pela pandemia, foi possível continuar a desenvolver trabalho e após um exigente processo de seleção foram encontrados dois parceiros essenciais para o projeto, anunciados na conferência de imprensa realizada na passada terça-feira (13) – a empresa construtora (CoreBuild Construction Ltd.) e a empresa que assegurará o funcionamento de todos os serviços (Responsive Health Management).

Onde e o que vai ser?

O Magellan, que vai nascer no canto noroeste da Lansdowne Avenue e a Paton Road, num terreno com 1.18 acres, com a frente para a Lansdowne Avenue, será, para os mais velhos da comunidade luso-canadiana, uma casa. Um sítio onde se sintam bem acolhidos, onde haja quem os entenda e com eles consiga falar na língua-mãe – o português. Um lar onde não falte o sabor da gastronomia portuguesa, onde sejam promovidas atividades que lhes despertem os sentidos e as suas mais profundas memórias, relembrando as suas origens. Esta é, aliás, a sua verdadeira essência e grande razão de ser – o Magellan será um lar de idosos culturalmente específico. A prioridade será dada aos portugueses embora, tal como tem acontecido ao longo dos anos nos lares geridos por outras comunidades que têm acolhido tantos portugueses, também no Magellan poderão viver pessoas de outras nacionalidades. Ou seja, também respeitando a nossa essência, o Magellan será um lar inclusivo, acolhendo idosos de outras etnias.

O que são unidades de vida assistida?

A vida assistida é uma opção residencial para idosos que precisam de serviços mais personalizados, desde a preparação das refeições até à limpeza. Isso difere dos cuidados de longo prazo, que acomodam e apoiam as pessoas que não podem mais viver de forma independente e que podem exigir assistência e supervisão médica ou de enfermagem, 24 horas/dia. O Magellan comprometeu-se a tornar pelo menos 47 das unidades de vida assistida “acessíveis”, de acordo com o Programa de Habitação de Porta Aberta da Cidade, que prioriza os idosos com baixos rendimentos.

Quanto vai custar e de onde virá o dinheiro?

O custo total do Magellan Community Care será 84,1 milhões de dólares. Está planeado ser financiado maioritariamente por fundos federais, subvenções e uma hipoteca, mas será necessário ainda angariar 15,2 milhões de dólares através de donativos da comunidade para perfazer o total do capital necessário. A campanha de angariação de fundos já começou e até ao momento já se conseguiu juntar 3,5 milhões de dólares.

Doadores até ao momento

The Carpenters’ District Council of Ontario; Carpenters &Allied Workers Local 27 e The Drywall Acoustic Lathing and Insulation – 1.000.000 de dólares;

Mr. Antonio Lima – Founder, President & Chief Execitive Officer of Limen Group Limited – 1.000.000 de dólares;

Mr. Manuel DaCosta – President of Viana Roofing and Sheet Metal Limited – Membro fundador da Magellan Community Charities, Empreendedor e Filantropo – 1.000.000 de dólares.

Concrete Forming Association of Ontario; Interior Finishing System Training Fund; Mr. & Mrs. João & Maria de Ramos; Jack Prazeres; John Peter Ferreira; Charles Sousa e Ulysses Pratas.

O que falta para começar a obra?

Contas feitas faltam ainda 11,7 milhões de dólares de contribuição comunitária para arrancarem as obras desta importante obra para a comunidade luso-canadiana.

Como fazer a sua doação?

Todos podem ajudar. Na medida das possibilidades de cada um, todos podem e devem contribuir. E como? Fácil – basta irem ao website www.magellancommunitycharities.ca e seguir todos os passos.

Catarina Balça/MS

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