A vida ao que vem…

Olá, muito bom dia!
Desejo-vos uma sexta-feira feliz e agasalhada, porque o frio esse nem pensa duas vezes e chega-se a nós e se nos cola. Meu Deus. Serei a única que não tolera mais estes invernos ou arranjo mais alguém que me entenda?
Ai… ai… ai… que grande país com um clima terrível.

Bem, em cima da mesa esta semana está um tema de identidade. Afinal, quem somos? Quem são as pessoas? Ao que vêm e porquê tanto enredo se, ao fim ao cabo, estamos por cá numa passagem de meia dúzia de dias e, num ápice, tudo se vai?

O que acha que levou a italo-americana, a Saint-Marie a apropriar-se de uma cultura durante décadas, que estava muito para além do que ela realmente era? Porquê?

Impingiu uma identidade a si própria e lidou, viveu e enganou-se a si própria e aos demais? Ninguém a conhecia? Os pais, família, irmãos? Como é que é possível?

Ao mesmo tempo, olhe que temos nós com isso? A Sra. já conta com 82 anos e viveu a vida no traço da fama com as luzes da ribalta tal como quis. Fingiu-se passar por indígena. Ninguém se lembrou de a investigar até agora, mas pronto…

Lá dizia Fernando Pessoa: “O poeta é um fingidor. Finge tão completamente. Que chega a fingir que é dor. A dor que deveras sente”.

Mas adelante. Sabemos nós com quem lidamos? A cada passo aparecem-nos impostores que comem nos nossos pratos, se sentam à nossa mesa, nos “devoram a alma e o coração” e ainda se fazem de coitadinhos e vítimas.
É o que é e vai valer sempre o que vale. Nem me apetece elaborar muito mais, pois tenho muitos afazeres e vou cuidar da minha vida. Que só a mim e a quem me é, realmente, muito próximo diz respeito.

Também vos digo que ja me passaram algumas “Saint-Maries“ em forma de homem, mulher e outras coisas que nem sei de que género são. Família, inclusive. Mas também vos garanto que muito pouco ou nada acredito na humanidade e dou muito pouco valor a gabarolas e gente falsa que veste casaco de cordeiro escondendo a raposa.

Fiquem bem e até já,
Cristina

Cristina DaCosta/MS