Costa garante JMJ “com total normalidade” e diz que retorno é “imaterial”

Além de terem sido repostos os controlos de fronteira, estão assegurados os dispositivos a nível nacional e em particular nas vias de acesso a Lisboa. António Costa recordou que esta não é a primeira vez que Portugal acolhe um evento desta envergadura, como foi “há 25 anos a Expo e em 2004 o Euro”.

Evento de “valor imaterial imenso”

Em visita ao Parque Tejo, por onde vai passar a JMJ2023, o primeiro-ministro disse aos jornalistas que “um evento desta natureza tem um valor imaterial imenso”, quando questionado sobre uma comparação entre o investimento camarário na Web Summit e na Jornada Mundial da Juventude.

“A convocatória pelo Papa Francisco, dos jovens de todo o mundo para virem a Portugal participar num momento que tem uma dimensão de celebração espiritual, de convívio, mas também de reflexão e de partilha de experiêncas e conhecimento sobre aquilo que é o mundo do futuro, é uma coisa extraordinária”, comentou, reforçando a honra em Portugal ser palco deste evento.

Descartando uma avaliação do “ganho imediato” que o país vai ter com refeições, transportes e alojamento durante a Jornada, António Costa contrapôs que o que conta “é todo o ativo que fica para o futuro” e fala numa “projeção internacional” de Portugal.

“Qual foi o primeiro grande salto que [a curva do turismo] teve? Foi depois da Expo98. Depois teve um segundo grande salto, sabe quando é que foi? Foi depois do Euro2004. Porque eventos desta natureza dão uma projeção inimaginável ao país, que não se reflete logo nas contas do ano propriamente dito”, comparou.

Além de marcar os jovens que nela participarão, a Jornada Mundial da Juventude promete afirmar Portugal “como um país que é capaz de organizar eventos desta dimensão”, ressalvou António Costa.

O que fica para o país é, também, “um território que foi finalmente transformado”, refletiu: “Mais tarde ou mais cedo, aqui o aterro ia estar em condições de passar a ser um parque urbano, mas porventura não seria agora. Seria mais à frente, quando houvesse outras ocasiões, e este foi um momento catalisador que permitiu acelerar. E isso é um ganho enorme, porque finalmente a Expo vai chegar mesmo à Foz do Trancão.” Depois de tanta antecipação, “o importante é que hoje está tudo pronto”, rematou.

JN/MS