Vítor M. Silva

“Um primeiro-ministro não tem amigos”

 

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António Costa foi claro quando afirmou nos últimos dias que um primeiro-ministro não tem amigos. Todos percebemos que se referia a Diogo Lacerda Machado. Foi mais longe referindo que foi num momento de infelicidade que o próprio António Costa teria referido no passado que o antigo secretário de Estado Lacerda Machado era o seu melhor amigo. Estou convicto, pessoalmente, que o que Lacerda Machado tenha feito neste ou outros processos que não teria a autorização ou interferência de António Costa.

Lamentável tudo o que se passou e o que ainda se vai ouvindo, quando o rumo de Portugal estava no caminho certo. Veja-se o exemplo que teremos neste ano de 2023, segundo a Comissão Europeia, um crescimento em Portugal do Produto Interno Bruto de 2,2%. No entanto, países como a Alemanha, Irlanda, Estónia, Letónia, Lituânia, Luxemburgo, Áustria, República Checa, Hungria e Suécia terão um crescimento negativo. Este é um dos bons sinais que vinha dando o Governo superiormente liderado por Costa.

Por outro lado, já se viu que será muito difícil ao Ministério Público encontrar provas de comportamentos ilícitos praticados por António Costa nos casos e casinhos que por aí vão sendo anunciados. Sou e sempre serei defensor dos grandes investimentos como é o caso do Data Center de Sines, tendo este um grande interesse nacional. Em função deste interesse e desta importância o primeiro-ministro, cumprindo a sua obrigação de chefe de governo cumpriu com os pressupostos para que o maior investimento estrangeiro de sempre em Portugal, depois da Autoeuropa, fosse concretizado. Também é importante aliado a isto a criação de emprego e a criação de uma economia que se desenvolve em volta do projeto.

Desculpem a frontalidade, mas tudo isto mais parece a montagem de uma cabala, sem ponta por onde se lhe pegue. Mas que causou irremediavelmente a demissão do primeiro-ministro António Costa, tão desejada e (tão lamentavelmente) parece propositadamente provocada.

A maioria absoluta que nem sequer chegou a meio do mandato, foi interrompida, sendo que agora temos que ir a eleições legislativas. Estas eleições e o seu resultado trarão com toda a certeza instabilidade a nível político, económico e social ao país. Será inevitável o atraso no PRR (Programa de Recuperação e Resiliência). Já agora como seremos vistos pelos investidores estrangeiros? Voltaremos ao “orgulhosamente sós…” ? Só a extrema-direita ficará reforçada, aliás, com pena minha penso mesmo que serão os principais beneficiários desta “História”, que no seu capítulo final terá como conclusão, como já muitos dizem por aí, “que a montanha pariu um rato“.

Querem em Portugal entregar os destinos do país à demagogia e à irresponsabilidade de quem sonha com regimes que só trouxeram penumbra a Portugal? É muito urgente que a classe política cumpra a sua obrigação de governar e que a classe judicial entenda até onde são as linhas vermelhas. Será nesta equação que teremos o sucesso dos próximos governos. Sendo bem verdade que a missão governativa é um caminho solitário, onde não têm lugar família nem amigos .

“Alguns juízes são absolutamente incorruptíveis. Ninguém consegue induzi-los a fazer justiça.” – Bertold Brecht

Vítor M. Silva/MS

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