Augusto Bandeira

Para o ano há mais

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Créditos: Thanassis Stavrakis/epa

Adeus, para o ano há mais, deram-lhe o nome e o próprio acabou com todos. Chamavam-lhe o grupo da morte e foi isso mesmo, morreram todos, estão todos fora.

Chegámos com expetativas muito altas, era para chegar à final e, concordo, que sempre se deve pensar no mais longe, agora os erros pagam-se caro. Não sou, nem percebo muito de futebóis, mas ouvi tantas críticas e elogios que dá para ficar confuso. Não há dúvida que o selecionador português cometeu alguns erros, considerados muito graves – acho que ninguém percebeu a razão da escolha de William de Carvalho depois de, durante a época, a utilização ter sido muito baixa. Nos dois jogos que jogou de início, além de não jogar andou a embaraçar dentro de campo, mas quem somos nós para comentar ou fazer escolhas quando o treinador é pago para isso? Tem a responsabilidade de apresentar resultados, foi isso que falhou, os resultados, não houve resultados positivos para a qualidade de jovens que temos na seleção. O treinador, com a sua teimosia, voltou a colocar o William frente à Alemanha, não foi só pelo facto, mas ajudou a uma derrota pesada que não merecíamos. Mesmo na frente de ataque houve medo de arriscar jogadores frescos e com garra, por exemplo o melhor marcador do campeonato português nem se quer jogou, o Pedro Gonçalves. Até um dos melhores marcadores da Europa mal teve tempo de aquecer os pés, o André Silva, não vamos dizer que foi este o erro, mas ajudou.

O Nuno Mendes também não saiu do banco, não vamos dizer que foi por isso que saímos, mas ajudou. Devíamos primar e fazer melhor no grupo, o terceiro lugar deixou os jogadores sem motivação, mas mesmo assim jogaram em grande. Se houve algum jogo que mereceram ganhar foi o jogo que perderam frente a uma Bélgica que pouco ou nada jogou. Eu como disse no passado, num dos artigos de opinião, não me chateio com ninguém por causa dos futebóis, quem o ganha são os jogadores e a mim não me conhecem, mas todo o cidadão que coloca o símbolo da nossa bandeira ao peito deve fazer um esforço para mostrar a raça que somos. Este ano o treinador falhou, falhou nas escolhas e mesmo na colocação dos jogadores, foi muito conservador e não teve confiança nos talentos que lá tinha. Espero estar enganado, mas dificilmente voltamos a ter uma equipa como esta. Foi muita pena a forma como fomos eliminados, se a qualificação no grupo tivesse sido outra o final seria diferente. Não sendo fanático, mas esperava muito mais desta equipa que, no fundo, não teve culpa nenhuma, o treinador é que manda jogar, no meu ponto de vista desta vez errou.

Tudo começa muito bem até se conhecerem os cantos da casa, depois as pessoas perdem-se e, se calhar, o selecionador não estava no relvado, quem estava no relvado recebia instruções de fora para a colocação de jogadores a jogar, enquanto assim acontece não vamos muito longe. Fica provado que muito tempo no lugar não é bom, perde-se muita ambição, acaba por dar prejuízo. Posso estar enganado, mas os empresários têm muita influência nestas coisas, não deviam, mas têm. Tanto que os jogadores que não pertenciam a um determinado empresário não jogaram. Nos que nem um minuto jogaram e os que mal aqueceram os pés havia muita garra e gosto de mostrar o que valem, mas ficaram no banco e assim ajudaram a que a seleção viesse aquecer os bancos em casa.

Estão todos de parabéns, muitos deles já deram excelentes glórias ao país, mas mereciam e nós merecíamos mais. O treinador é responsável pela péssima prestação de Portugal nos jogos no grupo, durante a qualificação para os oitavos devíamos de ter tido melhor prestação.

Viva Portugal e os nossos excelentes jogadores, força para o Mundial.

Augusto Bandeira/MS

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