Augusto Bandeira

Como pode o cidadão proteger a sua carteira?

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Qual será o impacto com a subida dos juros? Será que vai afetar os orçamentos familiares? E como pode o cidadão proteger a sua carteira?
O caso não está para muitas brincadeiras e as respostas não são muitas, poderá haver casos muito especiais e até pode acontecer o que aconteceu em finais de 80, não em tamanha escala, mas alguém pode vir a sofrer com a continuação da subida das taxas dos juros. Hoje as pessoas estão mais atentas e com outras capacidades de acompanhar a subida e a qualquer altura conseguem dar a volta, mas para isso vai ter de haver uma gestão pessoal, familiar, muito bem pensada e muitos cortes a fazer nessa gestão familiar. Tudo se ultrapassa, as pessoas têm que estar preparadas e ter um plano e um budget familiar, há sempre onde cortar, por muito que possa vir a ser difícil tomar certas decisões, mas alguns cortes podem vir a ser obrigatórios para alguns cidadãos se as taxas de juros continuarem a subir.
Aos bancos centrais, em conjunto com os governos, não lhes era possível deixar continuar da forma que estava a seguir – a inflação estava a ficar fora de controlo e para ser controlada tiveram que subir as taxas para desacelerar o investimento e ao mesmo tempo obrigar a descida de alguns preços. Diz-se, e muito bem, que estas subidas vão ter um impacto negativo para certas famílias, todos sabemos que sim, mas é preferível, neste momento, meia dúzia sofrerem do que colocar o país numa desgraça e descontrolado, como estava prestes acontecer. Seria uma desgraça em maior escala e que seria difícil de a controlar, com as subidas da taxa de juro é mais fácil e não afeta muitos.
Para reduzir prejuízos e evitar que as famílias percam casas por falta de capacidade em aguentar as hipotecas, todos devem de fazer um plano de gastos, isto é, não gastar mais do que entra. Com um orçamento pessoal tudo é possível, basta fazer cortes em certas saídas e atividades que todos adoramos praticar, isto para que as verbas para despesas essenciais nunca falhem. Não digo que vai ser fácil se tiver que se fazer, mas tipo ir menos vezes de férias, cortar na quantidade de tabaco por mês, usar o restaurante caseiro mais vezes, evitar fazer saídas desnecessárias para se poupar nos combustíveis, isto é uma ideia de como se pode poupar para não se cair em desgraça, como aconteceu em anos anteriores que muitas famílias perderam as casas, não foi só com subida das taxas, mas ajudou. São casos diferentes, mas que vão ao mesmo encontro. Ninguém deseja o mal a ninguém, nem se deve, mas as coisas começam a tornar-se assustadoras se os bancos continuarem com as subidas das taxas para controlar a inflação.
Mas isto não é só por cá, a transformação da economia mundial está a acontecer a olhos vistos a nível mundial, todos nós culpamos a Covid, depois a guerra da Ucrânia, o facto é que é uma realidade, tudo isto veio baralhar as contas de todos os cidadãos e veio obrigar a que se pusesse um travão na vida de cada um. Está a começar a acontecer, mas nos próximos dois anos será muito pior, vai haver uma grande percentagem com as hipotecas em prazo de renovação e será nessa altura que se vão notar as dificuldades. Nas famílias que compraram casa nos últimos dois anos, nada melhor do que se começar a fazer orçamentos. Lembrem-se que a inflação em alta como esteve e continua a estar, combinada com a subida de taxas de juro traz sempre consequências para as famílias, haverá perda de poder de compra e diminuição da capacidade de poupança dado o aumento das prestações da casa.
Eu até por norma sou otimista, nem esta minha opinião é para assustar ninguém, mas como já vi tanta coisa, sou obrigado a ter este pensamento e opinar sobre o mesmo.
Bom fim de semana.

Augusto Bandeira/MS

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