Editorial

Camões TV

Pierre Elliot Trudeau um dia disse – “Escritores e poetas procuraram sempre a identidade canadiana. O Canadá é uma sociedade onde todas as pessoas são iguais e onde partilham valores fundamentais baseados na liberdade.”
Uma das liberdades fundamentais do Governo do Canadá é a liberdade de imprensa, mas existe realmente o privilégio dessa indulgência? Na verdade, a liberdade é uma visão subjetiva dependente da forma como vemos e tratamos a sociedade à nossa volta. A minha liberdade não é a sua liberdade.

A qualquer momento poderá começar o início oficial da campanha eleitoral federal. Os agentes políticos estão à espera que o outro Trudeau dê a ordem para que o mandato possa ser emitido. Durante a campanha, você será bombardeado com a palavra multiculturalismo. Esta palavra, que é compreendida como etnicamente inclusiva, revê-se na prática de dar igual atenção a muitas etnias de diferentes origens e que falam línguas distintas.
Os media multiculturais auxiliam na ligação das pessoas à sua cultura e ao seu país de origem, dando voz às pessoas, ao mesmo tempo que expandem a sua compreensão dos eventos do mundo.

Toronto não tem uma nacionalidade ou uma cultura dominante, o que a torna numa das cidades mais diversas do mundo. 69% da população da cidade pertence a um grupo minoritário visível e espera-se que esta tendência continue a crescer se se mantiverem os mesmos padrões de imigração. Em 1971, o Canadá tornou-se oficialmente numa cidade multicultural, quando governo decidiu reconhecer o valor e a dignidade que as pessoas de todas as raças, grupos étnicos, línguas e religiões merecem, um lugar na sociedade canadiana e onde os seus hábitos culturais pudessem ser praticados. A julho de 1988, emerge uma nova política de multiculturalismo com ênfase no direito dos indivíduos de preservarem e partilharem a sua herança cultural, enquanto garantiam o seu direito de participar totalmente e de forma igualitária na sociedade canadiana.

O conceito de liberdade cultural, relacionada com os media étnicos, deu início a vários jornais, rádios e programações de televisão e outros veículos de media. Cada comunidade parece estar bem servida com conteúdo, no entanto, as ofertas são, na sua maioria, de fraca qualidade, para cumprir preocupações comerciais e não necessariamente para educar ou entreter a população.

O MDC Media Group foi criado para preencher um vazio na comunidade lusófona. Mesmo tendo sido lento o seu progresso, a visão de criar e oferecer conteúdo que retrate a nossa sociedade atual não diminuiu. Um grupo de indivíduos dedicados comprometeram-se a garantir à comunidade um ponto de vista informativo e distinto para atrair jovens ou idosos a contactar com os seus antepassados culturais. O desaparecimento do ADN cultural, que enriquece o nosso passado, terá para sempre implicações negativas. Temos de encorajar a participação na sociedade canadiana ao mesmo tempo que se humanizam os valores que os nossos antepassados nos incutiram.

Milhares de pessoas gastam dinheiro para descobrir a sua árvore geneológica cultural. Não há necessidade de se gastar fundos para experienciar a sua cultura: ela existe à sua volta e tudo o que tem de fazer é abraçá-la.

A MDC está a embarcar numa expansão da sua programação visual e das suas redes sociais com conteúdo original, produzido maioritariamente no Canadá. A programação tentará refletir as nossas vidas no Canadá enquanto praticamos os valores culturais adotados. Veja, ensine e diga-nos como podemos melhorar a nossa oferta, para que todos possamos ser inclusivos e orgulhosos da nossa comunidade. 9 de setembro será um dia especial para a MDC: a Camões TV falará para si de uma forma que respeita a etnicidade lusófona no Canadá.
O valor cultural está em compreender a história, em vez de memorizá-la.

Pierre Elliot Trudeau once said “Writers and Poets have always searched for the Canadian identity. Canada is a society where all people are equal and where they share fundamental values based upon freedom.”

One of the freedoms that are fundamental to the governance of Canada is freedom of the press, but does the privilege of this indulgence really exist? Freedom in reality is an individualistic view dependent on how we sea and treat society around us. My freedom is not your freedom.

The official start of the federal election campaign could get underway any day now. Political operatives are waiting for the other Trudeau to make the call so the writ can be issued. Throughout the campaign you will be bombarded with the word multiculturalism. This word which is understood as ethnic inclusiveness is the practice of giving equal attention to many different ethnic backgrounds who speak distinct languages.

Multicultural media helps people connect with their homelands and culture, gives voice to people and helps broaden our understanding of world events.

Toronto has no dominant culture or nationality which makes it one of the most diverse cities in the world. 69% of the city’s population belong to a visible minority group and it is expected that this figure will continue to grow if the current patterns of immigration continue. Canada officially became a multicultural society in 1971 when government decided to recognize the value and dignity that people of all races, ethnic groups, languages and religions deserved a place in Canadian Society and where their cultural backgrounds could be practiced. In July 1988 a new multicultural policy came into effect which emphasized the right of all individuals to preserve and share their cultural heritage while retaining their right to full and equitable participation in Canada Society.

The concept of multicultural freedom as it relates to ethnic media gave way to the rise of numerous newspapers, radio and tv programming and other media vehicles. Each community appears to be well served with content, but the offerings are often of poor quality and derived to satisfy commercial ventures and not necessarily educate and entertain the populations.

MDC Media Group was created to fill a void in the Lusophone community. While its progress has been slow, the vision of creating and offering content which would be reflective of current society has not waned. A group of dedicated individuals have committed to provide the community an informative and distinct point of view to entice young or old to continually embrace their culture backgrounds. The disappearance of the Cultural DNA which enriches our backgrounds will have negative implications forever. We have to encourage participation in Canadian society while humanizing the values that our predecessors instilled in us. Thousands of people spend money to find out their cultural family trees. There is no need to spend funds to experience your culture. It exists all around you and all you need to do is embrace it.

MDC is embarking on an expansion of visual and social media programming with the original content produced in Canada for the most part. The programming will attempt to be reflective of our lives in Canada while practicing our adopted cultural values. Watch, teach and tell us how and what we can better deliver so we can all be inclusive and community proud. September 9th, 2019 is a special day at MDC when Camões Tv will speak to you in a way which respects Lusophone ethnicity in Canada.

Understanding history, rather than memorizing it has cultural value.

Manuel DaCosta

Cartoon: Stella Jurgen

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