Canadá pode aprender com outros países sobre descriminalização de drogas pesadas

Quando a Colúmbia Britânica descriminalizar pequenas quantidades de algumas drogas ilegais no próximo ano, o Canadá juntar-se-á a um número crescente de países que deram passos grandes para remover as penalidades pelo uso de drogas.
Ainda assim muitos peritos canadianos em saúde pública querem que o país vá mais longe e substitua as drogas de rua do mercado negro por um abastecimento seguro regulamentado tal como outros países o fizeram.
Otava anunciou na semana passada que a partir de Janeiro os residentes de BC podem ter na sua posse pequenas quantidades de drogas ilegais sem temerem a justiça. Há quem defenda que as drogas podem ser vendidas em farmácias, locais de entretenimento ou dispensários licenciados.

Um professor e investigador de política de drogas na Universidade Carnegie Mellon em Pittsburgh diz que se estes modelos vierem a ser adotados o Canadá vai colocado em território desconhecido porque nenhum país foi tão longe.

Em 2001, confrontado com uma crise de mortes por overdose de heroína, Portugal tornou-se o primeiro país do mundo a descriminalizar a posse e uso de todas as drogas ilegais.
Em vez de enviar pessoas para tribunal, o modelo português foca-se na educação, tratamento e redução de danos. Resultado: a taxa de mortalidade relacionada com drogas em Portugal é quatro vezes inferior à média europeia.
O responsável pelo modelo de descriminalização de Portugal diz que o Canadá está a viver algo parecido com a epidemia de heroína de Portugal nos anos 90, o que pode ser na sua opinião uma oportunidade para mudanças.
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