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Zelensky pede ajuda aos EUA e cita Pearl Harbor e o 11 de Setembro

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O presidente da Ucrânia pediu, esta quarta-feira, aos Estados Unidos ajuda para obter uma zona de exclusão aérea e citou os ataques a Pearl Harbor e 11 de Setembro para comparar os horrores que o povo ucraniano tem vivido.

A presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi apresentou o líder ucraniano saudando a sua “liderança corajosa”.

“Slava Ucrânia” (Glória à Ucrânia), acrescentou, com os senadores de pé a aplaudirem Volodymyr Zelensky.

O presidente da Ucrânia dirigiu-se ao Congresso dos EUA, por videoconferência, e recordou as tragédias passadas que atingiram os norte-americanos, como Pearl Harbor e o 11 de Setembro, pedindo ajuda para impedir os ataques aéreos da Rússia.

“Precisamos de vocês agora”, apelou, acrescentando que “a Rússia transformou o céu ucraniano numa fonte de morte para milhares de pessoas”.

“Lembrem-se de Pearl Harbor, a terrível manhã de 7 de dezembro de 1941, quando os vossos céus estavam pretos por causa dos aviões que o atacaram. Lembrem-se do 11 de Setembro, um dia terrível em 2001, quando o mal tentou transformar as vossas cidades, territórios independentes, em campos de batalha. Quando pessoas inocentes foram atacadas do ar”, recordou Zelensky num auditório lotado no Capitólio (sede do Congresso) dos EUA.

Zelensky fez assim um paralelo entre a história norte-americana e a atualidade ucraniana, frisando que o seu país está a vivenciar esse mesmo terror todos os dias: “Um terror que a Europa não vê há 80 anos“.

O presidente ucraniano renovou então os seus apelos por uma zona de exclusão aérea sobre a Ucrânia, mas afirmou que se isso for “pedir muito”, solicitava então aos EUA sistemas de defesa aéreos como alternativa.

Pediu ainda que os EUA imponham novas sanções a Moscovo e a políticos russos, “todas as semanas, até que a máquina militar russa pare”, e que todas as empresas norte-americanas deixem o mercado da Rússia “porque está inundado com sangue”.

Para dar mais força a estes seus apelos, Zelensky mostrou aos políticos norte-americanos um poderoso vídeo, com imagens de várias cidades ucranianas, antes e depois da ofensiva militar da Rússia (após o minuto 20).

“Agora, estou com quase 45 anos. Hoje a minha idade parou quando o coração de mais de 100 crianças parou de bater. Não vejo sentido na vida se ela não puder impedir as mortes”, disse.

Zelensky agradeceu ainda ao Congresso e ao presidente norte-americano, Joe Biden, por todo o seu envolvimento pessoal nesta matéria.

Os legisladores norte-americanos voltaram a aplaudir Zelensky de pé, durante longos momentos.

A Rússia lançou a 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já causou pelo menos 691 mortos e mais de 1.140 feridos, incluindo algumas dezenas de crianças, e provocou a fuga de cerca de 4,8 milhões de pessoas, entre as quais três milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.

JN/MS

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