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Pedro Abrunhosa – O regresso ao Canadá

pedro abrunhosa - milenio stadium

 

“Pedro Abrunhosa estará nas celebrações dos 70 anos de Imigração Portuguesa para o Canadá. De acordo com a Comissão Organizadora, o programa de celebrações terá a duração de um ano em homenagem aos pioneiros que chegaram à doca ‘Pier 21’ em Halifax, no Canadá, em 13 de maio de 1953.

As comemorações de 13 e 14 de maio “vão contar com vários grupos e artistas, entre eles, Mariza, Pedro Abrunhosa e Bárbara Bandeira”, também serão reconhecidos e incluídos no Passeio da Fama Luso-Canadianos que fazem a diferença, tendo em vista o futuro Magellan Centre, o primeiro lar destinado exclusivamente a idosos portugueses”, frisa-se na nota à imprensa. Os fundos angariados vão reverter para o Magellan Community Foundation.

O Centro Magalhães será o primeiro lar de cuidados a longo termo para idosos de expressão portuguesa, com 350 camas, disponibilizará habitações sociais para a comunidade e será também um centro de encontro social para a comunidade.”

Pedro Abrunhosa, viajante, escritor, homem de palco por excelência, é na estrada que se cumpre. Milhares de concertos, recintos cheios, festivais, salas esgotadas, digressões que o levaram a todo o mundo, são o corolário da criação intensa e contínua de repertório de canções criadas ao piano que invariavelmente se tornam hinos, lendas, adágios. Foi no momento final desse concerto íntimo, próximo, cru, e sozinho ao piano, que fomos transportados para o palco num espetáculo simbólico onde a escrita recente se intercala com tantos e tantos êxitos; neste concerto o público foi convidado a participar, interpelando diretamente o artista e a sua arte. No final do espetáculo, encontramos o escritor, o artista e o homem de palco visivelmente feliz pelo concerto.

Milhares de concertos, concertos esgotados. O que é que falta fazer na vida do Pedro Abrunhosa?
Falta voltar ao Canadá? As minhas experiências no Canadá são sempre fantásticas. Falta fazer tudo. Nós, quando achamos que está tudo feito, estamos mortos. Falta sempre fazer tudo. O futuro é um céu aberto e eu gosto do desafio. Neste caso este espetáculo, transformar as canções antigas e apresentar canções novas, canções inéditas é um desafio.

O projeto Passageiro, criado na estação de São Bento, foi o clique para estes concertos sozinho ao piano?
Sim, eu já há muito tempo que queria fazer um espetáculo sozinho… Sozinho, enfim, neste caso em dueto com um músico, mas a maior parte do espetáculo é sozinho. Mas as minhas canções são originalmente feitas ao piano e voz e, portanto, elas têm de funcionar assim perante as pessoas. Se recuarmos algum tempo, “Tudo o que eu te dou”, que é um dos meus maiores êxitos, tem 28 anos e é só piano e voz. Portanto, eu, o desafio que se me punha era transportar para o palco a raiz das canções. E isso está conseguido.

E os temas mais recentes? Como foi transportar esses temas para este formato?
Neste formato não é fácil, porque fica tudo muito exposto. É como um chefe ter de servir uma refeição com poucos ingredientes…é a mesma coisa. Mas é o grande desafio. O desafio para estas canções novas ou para as canções antigas é o mesmo. O “Não posso mais”, o “Socorro”, que são temas muito poderosos, com banda, fazê-los igualmente poderosos sem banda é um desafio musical. Para quem é músico, aceita-o de bom agrado.

Lá fora. Já tens concertos agendados para o Luxemburgo, França e Bélgica… E o Canadá, está para breve?
O Canadá, assim como os Estados Unidos, estão sempre no objetivo de qualquer músico nacional, sobretudo pela imensa comunidade que há, logicamente, mas pela afinidade muito grande que as minhas letras têm e as minhas canções têm com a população portuguesa, esteja onde estiver, nomeadamente também com a população luso falante no Brasil. O Canadá é, por isso, um território natural para a extensão da minha música e, portanto, esperarei calmamente que chegue o dia, com todo o gosto.

Uma última mensagem para a comunidade portuguesa.
A minha mensagem para a comunidade portuguesa é uma mensagem ao contrário. É a mensagem que a comunidade portuguesa nos manda a nós de coragem e de resistência por ter largado o conforto do seu país e a proximidade da sua terra, dos seus pinheiros, dos seus afazeres e das suas famílias, para ir para um sítio distante, onde faz frio, onde se está muitas vezes só. E eu escrevi isto nesta canção “Para os braços da minha mãe”. E essa mensagem é a profunda admiração que eu tenho pelas pessoas que têm essa capacidade. E mais, fazem isso e depois ainda triunfam.

Paulo Perdiz/MS

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