Bárbara Bandeira: Estrela pop sempre em crescimento

Bárbara Bandeira apresentou-se no formato acústico em várias salas de Portugal. A campeã de airplay em TV, rádio, redes sociais e compositora é já uma referência no pop nacional sendo mesmo a artista feminina portuguesa mais ouvida em Portugal em 2022. Depois de sucessos que marcaram o seu percurso, tais como “Nós os Dois”, que conta com mais de 16 milhões de streams nas plataformas digitais, ou “Como Eu”, um single com mais de 14 milhões de streams; Bárbara Bandeira prova mais uma vez a sua versatilidade e capacidade criativa, ao apresentar-se num formato acústico.

Numa vertente pop, como és conhecida, como foi mudar para versões acústicas os teus temas?
Eu gosto muito. Eu sempre gostei muito mais de cantar a guitarra do que do que cheia de coisas. E para mim até me sinto mais confortável no formato acústico do que no formato normal. Portanto, para mim, de repente, poder fazer estes auditórios e poder apresentar um formato mais acústico é algo que me é mais natural, então acabo por gostar até mais.

Aliás, as tuas músicas devem nascer apenas com guitarra acústica.
Sim. As minhas músicas começam praticamente todas com uma guitarra acústica ou com um piano, portanto, sinto-me mesmo em casa neste formato.

Sentiste em alguma música uma nova versão …ou seja, tenha ficado completamente diferente neste formato acústico que te tenha surpreendido?
Sim, eu acho que o mais importante, e quando escrevo as canções, seja com o Agir, com o Ivo Luca ou quem for, nós priorizamos sempre o facto de as músicas, as canções terem sempre de ficar bem à guitarra. Então acaba por ser tudo muito mais fácil. E mesmo o meu tema “Friendzone” ou o “Larga-me essas”, são canções que normalmente têm um beat, têm uma produção um bocadinho com mais coisas. Só que quando passam para o formato acústico, não ficam feias, na verdade, até ficam mais bonitas, na minha opinião. Então, assim todas me surpreenderam, porque todas as minhas canções são feitas a pensar nisso.

Mas foi um pedido dos fãs, não foi? Respondeste ao pedido deles no Instagram para criares esta tour acústica.
E aqui estamos nós a ter acústica finalmente. E havemos de ter mais e havemos de ter mais formatos se Deus quiser.

Houve grandes desafios nesta transformação das músicas?
Houve alguns sim em descobrir a sonoridade certa. Mas lá está, eu acho que é um bocadinho só desconstruir um bocadinho a canção e tirar algum do fogo de artifício, como costumam dizer e tocá-las de uma maneira mais acústica. E o facto de também ter os coros agora na minha banda, o facto de ter o quarteto de cordas é algo que acaba por complementar algumas daquelas partes que se calhar faltariam mais.

Falemos agora do grande êxito “Onde Vais”, a música bonita com a Carminho. Sentiste a tua veia de compositora neste tema?
É provavelmente a primeira vez em que eu sinto mesmo, que algo meu saiu e que as pessoas gostaram muito de algo que eu escrevi. Não fui a única a fazê-lo, mas o refrão e as melodias acima de tudo são minhas, algo muito gratificante para mim. É algo que eu quero fazer cada vez mais. Quero cada vez mais investir na minha veia compositora e sentir que as pessoas gostam daquilo que eu escrevo e que sentem o mesmo que eu. É algo que eu quero trabalhar. “Onde Vais” correu muito bem e estou muito agradecida por isso.

Como é trabalhar com a Barbara Tinoco? Vocês agora são muito cúmplices nas composições?
A Bárbara é uma querida. Eu tinha enviado uma mensagem no Instagram a ela para colaborarmos e quando fomos para estúdio foi super fácil trabalhar com ela. Ela é uma artista incrível e uma excelente compositora. Também temos alguns amigos em comum que acabaram por se juntar também à nossa sessão de estúdio. Foi fácil trabalhar com ela e é uma amiga minha hoje em dia e gosto muito dela.

Quais os planos futuros?
Eu tenciono continuar com esta tour, pelo menos para o próximo ano. Agora já está tudo no formato normal. Eu não queria deixar de ter este formato. Eu gostava de vez em quando de fazer acústicos porque me faz bem. Como disse há pouco, é algo que eu gosto mesmo de fazer e que me realiza.

Uma mensagem tua para os nossos leitores
Um beijinho muito grande a todos. Quero muito conhecer-vos a todos, portanto, a ver se me chamam (risos). Já ouvi falar da MDC, acho que é super importante para as comunidades portuguesas. Tenho a certeza que há um lado ótimo e um lado que também deve ser difícil. E como tal, espero poder encontrar-vos a todos e levar um bocadinho de Portugal a vocês e que nunca se esqueçam que são portugueses e que é que nós temos muito orgulho em todos vocês. Um beijinho muito grande.

Paulo Perdiz/MS