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A Revolução Criativa do Village Underground Lisboa: Um Refúgio para a Inovação e Cultura

 

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Perto do Museu da Carris, emerge uma joia de inspiração internacional – o Village Underground Lisboa – uma plataforma que respira criatividade, arte e cultura.

Esta empreitada arrojada, liderada por Mariana Duarte Silva da agência de comunicação Madame Management, trouxe à capital portuguesa a energia inovadora diretamente de Londres. E é precisamente na cidade da sua criação que o conceito se ergueu com quatro antigas carruagens de metro, repousando no topo de um edifício em East London, reinventadas como espaços de escritórios. Transplantado para Portugal, o Village Underground desdobrou-se em 14 contentores marítimos e dois autocarros desativados, encontrando um segundo fôlego na Estação de Santo Amaro, em Alcântara.

Esta metamorfose resultou em espaços de trabalho dedicados a jovens criativos nas áreas do design, arquitetura, vídeo e artesanato – um habitat partilhado onde ideias efervescentes nascem em regime de “co-working”. Mais do que uma mera arena laboral e criativa, o Village Underground Lisboa distingue-se como um epicentro de performances e eventos no seu átrio central, programados em sintonia com a parte londrina. Este espaço multidisciplinar é uma tela em branco para criativos de todas as cores e matizes, proporcionando uma tela em branco onde se desenha o futuro da inovação cultural. João Cassiano, do ateliê Arte Tectónica, assumiu a responsabilidade de dar forma à visão arquitetónica dos contentores, enquanto a empresa 686 Construções materializarou essa visão audaciosa, erguendo um ambiente que vai além do funcional, abraçando o experimentalismo e a colaboração.

Inaugurado em 2014, o Village Underground Lisboa não é apenas uma estrutura de contentores habilmente organizada, mas um farol para a criatividade, arte e cultura. Os escritórios, confinados a esses contentores meticulosamente transformados, são mais do que meros locais de produção; são caldeirões efervescentes de sinergias inovadoras. Ao penetrar na estrutura deste ícone arquitetónico, a dimensão social e cultural do Village Underground revela-se de forma mais vívida. É mais do que concreto e aço, é uma incubadora que fomenta a troca de ideias, que promove colaborações improváveis e cria conexões duradouras. Não redefine o horizonte de Lisboa, mas funde-se com a sua essência, fazendo uma comunidade criativa que respira através dele.

 

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O Village Underground Lisboa vai muito além das paredes frias dos contentores. Encontramos o restaurante alojado num autocarro de dois andares – um local não apenas para refeições, mas para experiências sensoriais únicas, onde almoços, lanches e jantares se ligam com animação e programação musical. Mas a criatividade também derrama para o exterior, onde duas mesas suspensas e um baloiço chamam a atenção. Este é um local que inspira o artista oculto, que incentiva o observador a se tornar participante, a transformar o ato de observar em um ato criativo. À medida que o sol mergulha no oceano Atlântico e as luzes da cidade começam a cintilar, o Village Underground Lisboa ganha uma nova vida.

Parece que está sempre em constante evolução, um livro aberto com cada palavra escrita pelos pensadores e criadores que o habitam. É uma sinfonia em andamento, onde a criatividade é a partitura e a cultura é a melodia. É um testemunho de que a arquitetura não é apenas uma questão de estética, mas uma força poderosa que molda o modo como vivemos, trabalhamos e nos expressamos. Em cada recanto, o Village Underground Lisboa chama por atenção, suplicando para ser explorado, absorvido e, acima de tudo, para ser usado como tela para a expressão humana. Enquanto o sol se despede e as estrelas tomam o palco, este local excecional permanece acordado, uma testemunha silenciosa da colaboração entre a visão e a realidade, um farol no horizonte das possibilidades inexploradas.

Paulo Perdiz/MS

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