A caminho do futuro, a passos elétricos

Ora viva bom dia,
Sexta-feira, dia 28, e quase mais um mês a despedir-se de nós. É assim. Neste corre-corre desenfreado.
Espero-vos bem e saudáveis. Sempre.

Esta semana, um tema que nos tem andado a causar alguma divisão. Carros elétricos ou não?
Que decisão tomar?
Benefícios. Muitos, mas também alguns contras. Como não estou muito dentro do tema. Resolvi pesquisar. A ver se nos conseguimos entender.
Começando pelo início, optei pelas vantagens:
• Zero emissões. É verdade, esta talvez seja a grande vantagem dos carros elétricos. O facto de não emitirem gases, torna-os amigos do ambiente. E para quem pensa que este não é um argumento suficientemente forte na hora de comprar um carro, está muito enganado. A preocupação com as emissões CO2 tem vindo a aumentar, e a prova disso, está no volume de vendas deste tipo de viatura.
Neste momento e na Europa, a circulação de viaturas a combustão em alguns centros de cidades, já começa a ser restrita.
• A manutenção carros elétricos. Quem tem uma viatura elétrica sabe que as dores de cabeça com as mudanças de óleo ou com os travões, já não são como antigamente. Nos automóveis elétricos tanto os travões como os filtros, correias, ou outras peças, não se desgastam com tanta facilidade como num carro tradicional, por isso, os custos com a manutenção também vão ser mais reduzidos. É ainda importante mencionar que os carros elétricos podem fazer mais quilómetros no intervalo de revisões, comparando com as viaturas movidas a combustíveis fósseis.
• Bye bye parquímetro. Se é daqueles que se esquece que existe parquímetro ou nunca tem moedas, eis uma boa notícia. Os carros elétricos não pagam parquímetro, na cidade de Lisboa, por exemplo, e em muitas outras cidades do mundo.
Mais umas vantagens…
• Incentivos fiscais. Se quer comprar uma viatura elétrica, saiba que recebe um incentivo fiscal por isso, e também fica isento de pagar o Imposto Sobre Veículo e o Imposto Único de Circulação.
• Não utiliza combustível. Nos dias que correm e a avaliar pelo número de greves que têm vindo a ocorrer neste setor e pelo aumento de preços, não estar dependente de combustíveis fósseis é uma mais-valia.
Mas como não há bela sem senão, há também, claro, algumas desvantagens. Começamos logo pelo…
• Preço. A grande desvantagem dos carros elétricos são o seu preço de aquisição, apesar de a longo prazo se poupar. É também preciso ter em conta o custo elevado das baterias destas viaturas que são exorbitantes e não para todos os bolsos. No entanto, esta situação pode reverter-se num futuro próximo, graças ao desenvolvimento tecnológico e à produção em massa.
Mais uns contras…
• Carros elétricos com autonomia. Este é um dos obstáculos à compra de carros elétricos, uma vez que as suas baterias não permitem uma autonomia igual ou superior à dos automóveis tradicionais. O consumidor tem medo de ficar sem bateria a meio do caminho, pois este tipo de automóvel ainda não está preparado para fazer grandes viagens e, por isso, a sua baixa autonomia está adaptada a percursos mais citadinos.
• O carregamento de baterias. É inegável que os carros elétricos ainda são relativamente recentes no nosso mercado e por isso, o processo de carregamento de baterias ainda não é o mais eficaz. Atualmente, ainda existe alguma dificuldade de acesso aos postos de carregamento deste tipo de viatura principalmente se viver no interior do país, para além disso, estes ainda são bastante demorados. No entanto, existe sempre a possibilidade de adquirir uma wallbox, um posto de carga doméstico.
Mas para mim e com tudo isto, o pior ainda é o facto de algumas pessoas e, em casos bastante recentes, aproveitarem para tirar uma soneca enquanto o carro se auto conduz. Ora, se assim é para quê adquirir carro e colocar a própria vida e a vida alheia em risco. Ok… podem auto conduzir-se em linha reta, mas com obstáculos tenho as minhas fortes dúvidas. Talvez estas pessoas devam optar por conduzir transportes públicos, como clientes e tirar a tal soneca. Afinal, o TTC está sempre a queixar-se com falta de clientes.
Mais não digo.

E o que é e vale o que vale.
Até já no Roundtable às 6 da tarde, hora de Toronto.

Cristina Da Costa/MS