Portugal

89% do território está em seca e vem aí um maio quente

Seca na Foz do Alge
Foz do Alge, Figueiró dos Vinhos, 15/02/2022 – Portugal está em seca e o primeiro mês de 2022 está entre os três janeiros mais secos dos últimos 20 anos, segundo dados do IPMA. Na Foz do Alge, a situação é de tal maneira grave que a praia fluvial, outrora verde, praticamente desapareceu dando origem a uma zona de lama. Na Ribeira de Alge, a descida do caudal deixou a descoberto algumas ruínas habitualmente submersas.
(Nuno Brites / Global Imagens)

Temperaturas elevadas e ausência de chuva elevam risco de incêndio. Proteção Civil tem 40 equipas a postos.

Com o mês de abril a figurar entre os cinco mais quentes dos últimos 92 anos e a seca a alastrar-se a 89% do território, as previsões para o mês de maio não podiam ser piores: temperaturas acima da média e sem sinal de precipitação. O alerta foi nesta terça-feira deixado pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), numa reunião que juntou os ministros da Administração Interna, Ambiente e Agricultura. Avançando José Luís Carneiro estarem preposicionadas 40 equipas face ao elevado risco de incêndio.

As previsões avançadas pelo IPMA no encontro que contou, ainda, com os presidentes da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) e do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas apontam para um “mês de maio mais quente do que o normal e sem chuva”. Depois de meses com valores de precipitação abaixo do normal e de temperaturas acima.

Com abril a colocar-se entre os cinco mais quentes desde que há registos, com três ondas de calor e temperaturas acima dos 30.º. Em termos de risco de incêndio, abril foi “o mais severo desde 2003 e por larga margem”. Acresce, explica o IPMA em comunicado, que a área ardida acumulada em 2023 “está acima da média dos últimos 16 anos, tanto em Portugal como na Áustria, Irlanda ou Espanha”.

Fatores que, conjugados, elevam o risco de incêndio, tendo o ministro da Administração Interna revelado que a “ANEPC determinou a constituição de 40 equipas; mais de 200 elementos que estão preposicionados no território para se mobilizarem”. Reforçando, citado pela Lusa, a importância e urgência da limpeza de terrenos.

Olhando à seca meteorológica, espalhou-se já a 89% do território, sendo que 34% referem-se às classes mais graves (severa e extrema), afetando o Alentejo e o Algarve. Por outro lado, “a percentagem de água no solo é quase nula em várias zonas de Trás-os-Montes e Alto Douro, no centro e sul do Continente”.

“A probabilidade de precipitação daqui até ao verão é baixa e, portanto, vamos ter tensão em muitas áreas, no ambiente, no abastecimento, nas barragens, nos fogos”, disse, citado pela Lusa, o presidente do IPMA. Tendo o ministro do Ambiente reafirmado que poderão ser “tomadas medidas do ponto de vista de contingência” dada a falta de capacidade de abastecimento nalgumas zonas do país.

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