Augusto Bandeira

As coisas tendem em mudar, as recentes eleições em Itália abanaram a Europa

O PCCM conseguiu o feito em que muitos nunca acreditaram

 

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O que dizer ou quem culpar com o crescimento de certas forças políticas?

A extrema-direita desde sempre existiu. São pessoas extremistas em relação aos costumes, são contra a entrada de imigrantes, justificam as crenças com as ameaças que dizem receber, é tipo o caso dos movimentos que são contra a entrada de imigrantes e refugiados, isso acontece muito nos países da Europa. Segundo especialistas, uma das principais causas para o crescimento desta desgraça, assim lhe podemos chamar, na Europa e que ajudou muito no crescimento foi a crise económica que se enfrentou pelo continente e que ajudou no aumento da imigração devido à crise humanitária. Podemos ter como exemplo a Europa que, em décadas, apresentava uma situação económica e uma qualidade de vida bastante satisfatória, e passou a enfrentar dificuldades muito grandes, principalmente após a crise de 2008. Foi uma crise onde os países europeus começaram a apresentar uma grande subida de desemprego e muitas dificuldades económicas, muitas pessoas perderam poder de compra, quase que acabou a classe média, que é composta pelos que governam um país. Tudo isto obrigou a uma adoção de medidas de austeridade fiscal, passou a haver controlo de gastos por parte dos governos. Com muitos destes acontecimentos, os europeus sofreram um grande declínio, o que levou à insatisfação da maioria da população, e os governos que não se prepararam e nem tiveram cautela foram à falência. Foi o que aconteceu com Portugal. Com todos estes acontecimentos a população passou a desacreditar em certos poderes políticos e tudo levou a que a extrema-direita subisse muito no continente europeu, este crescimento é assustador. São tudo populistas que podem acabar em desgraça.

É bom que se esteja em alerta máximo porque os movimentos de extrema-direita na Europa defendem o encerramento de fronteiras e uma imposição de certas barreiras à imigração. Quando se diz que é assustador é porque são contra as tendências de globalização e a integração económica dos países, só pensam em fortalecer a identidade nacional. Pior ainda é que esses movimentos, que têm vindo a crescer, defendem a saída ou o fim da União Europeia. Isto é mesmo de loucos! Por exemplo nós portugueses devemos agradecer ter entrado na comunidade europeia. Hoje Portugal é o que é graças a ter entrado, a maioria dos extremistas, seja extrema-direita ou extrema-esquerda, são um grupo de eurocéticos, acham que cada um deve estar no seu país e defender-se como puder. Se assim fosse onde ia parar a economia? Como todos sabemos os projetos europeus têm como finalidade a ajuda mútua entre países, para que isto seja possível há que obedecer a muitas regras comuns. A ser verdade o que se diz dos movimentos, se continuarem a crescer como têm crescido, muita coisa pode acontecer. Recentemente foi na Itália, o partido pós-fascista Irmãos da Itália venceu as eleições.

Quer a gente acredite ou não a União Europeia tremeu e ficou com um pé atrás a pensar o que irá acontecer. O lado bom foi que a Giorgia Meloni, atual primeira-ministra da Itália, veio rápido dizer que vai respeitar as políticas europeias e manter todos os acordos. Que a ideia seja mesmo essa, de manter e respeitar, porque a Itália é a terceira força económica da Europa, faz muita falta. Como se vê, o populismo pode terminar em desgraça, houve países que festejaram a vitoria da Giorgia Meloni, como foi o caso da Polónia e da Hungria, países governados pela extrema-direita, mas pela Europa todos os partidos da extrema-direita festejaram.
Que tudo continue e esperemos que o pior não venha a acontecer, mas para isso os governos de centro de direita e os de esquerda mais ao centro têm que pensar em tipos de governações mais transparentes, menos corrupção. Desde 2008 que nada ou pouco mudou e são desgraças atrás de desgraças e, com tudo isto, a pouco e pouco o povo perde a paciência e quem fica a ganhar são os tais que falam, falam, mas sabe-se lá o que podem vir a fazer. Mas em democracia, respeitemos o que o povo escolheu.

Bom fim de semana.

Augusto Bandeira/MS

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