Augusto Bandeira

A continuar assim, até onde vamos?

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Os preços dos bens essenciais estão em permanente atualização, de semana para semana as coisas tendem em aumentar.

Estamos numa fase de sofrimento e está para continuar. Os preços perderam o controlo, sendo assustador o aumento nos bens essenciais, que é do que as famílias sobrevivem. Se já repararam na ida às compras, de semana para semana, os preços estão constantemente a aumentar. Cada vez se traz menos. Os cintos apertam porque o orçamento familiar tem que ser revisto semana após semana. Está difícil para todos, mas quem aufere um ordenado abaixo da média pior ainda. Com rendas ao preço que estão, gás nem se pode falar, seguros vão a reboque etc., como se vai continuar com estes números? A inflação deve-se em regra geral ao aumento dos preços de produção, como matérias-primas, tudo isto, neste momento, está a acontecer devido à guerra na Ucrânia, que obrigou a uma escalada de preços de cereais, petróleo, fertilizantes e gás natural. Outra das coisas que ajudou a este fenómeno que estamos a passar, com a inflação acima dos 6%, é a forte procura dos consumidores, isto foi o que aconteceu com os preços de produtos essenciais durante a pandemia, o confinamento ajudou muito. Além da subida dos preços, a pressão na procura e com a falta de oferta, fez com que os preços subissem. Como se não chegasse a pandemia, para complicar as coisas as cadeias de produção aproveitaram para aumentos absurdos. Tudo isto levou a que a inflação aumentasse. Agora não está fácil, os bancos e os governos deviam de ter colocado a mão em cima moderadamente para controlar, as consequências podem ser graves, mas ninguém fala nisso. Cada vez há mais perda no poder de compra, com a subida da inflação as pessoas vão perdendo o poder de compra, o que é muito grave a curto e médio prazo, tanto para o empregado como para o empregador. Mais do que nunca as pessoas devem começar a pensar no dinheiro que se tem e como investir, neste momento deve-se pensar seriamente como investir. O dinheiro começa a perder o valor, o que é assustador.

O futuro não é risonho a nível mundial. Quem trabalha por conta de outrem vai sentir mais dificuldades do que quem gere um negócio. Quem gere um negócio passa o aumento aos clientes, mas até um limite, porque mesmo esses podem sentir dificuldades. Atenção que eu não estou aqui para assustar ninguém, isto é a minha opinião, mas já se veem pessoas a cortar nas compras e a arriscar investimentos para recuperar poder de compra. A culpa no meu entender deve-se aos governantes e aos bancos.

Agora os governos começam a pensar em resolver as coisas, só que pode ser muito arriscado para todos a curto prazo, porque o controlo da inflação vai passar por medidas como o aperto nos gastos públicos e com os impostos e juros mais altos, o que já está a acontecer para controlar a procura de dinheiro fácil. O dinheiro está muito barato, o que no fundo ajuda a movimentação, mas por outro lado prejudica porque a procura é muito alta e os preços sobem. Estas decisões com a subida de juros vão ajudar a controlar os gastos e o endividamento das pessoas o que pode trazer um impacto negativo na economia. Esta tentativa de controlar a inflação vai envolver sacrifícios a médio prazo. Esperemos um crescimento mais baixo e um desemprego, provavelmente, mais alto.

Mas vamos continuar a trabalhar e a fazer o nosso melhor, isto até pode trazer mais energia e mais dedicação no que se faz no dia a dia. A certas pessoas que já andavam aos saltos julgando que tudo era muito fácil, nada de se assustarem porque os governos não querem e não devem criar uma recessão, devem sim controlar, e continuar a fazer crescer a economia a uma velocidade que todos consigam acompanhar.
O trabalho dá saúde, boa semana de trabalho.
Bom fim de semana.

Augusto Bandeira/MS

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