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EUA identificam três estrangeiros no Brasil com suposto vínculo à al-Qaeda

milenio stadium - al-qaeda
(FILES) In this file image grab taken from a propaganda video released on March 17, 2014 by the Islamic State of Iraq and the Levant (ISIL)’s al-Furqan Media allegedly shows ISIL fighters raising their weapons as they stand on a vehicle mounted with the trademark Jihadists flag at an undisclosed location in the Anbar province. – When Al-Qaeda hijackers killed nearly 3,000 people on September 11, 2001, the United States instantly took on a new mission as a furious and fearful nation coalesced around president George W. Bush’s “war on terrorism” that would obliterate the rest of the international agenda.
Twenty years later, the world has transformed. An all-consuming focus on terrorism has given way to a weariness about “forever wars”; days before the September 11 anniversary, Taliban militants who had been swiftly defeated after the 2001 attacks seized back power in Afghanistan amid a US withdrawal. (Photo by – / AL-FURQAN MEDIA / AFP) / RESTRICTED TO EDITORIAL USE – MANDATORY CREDIT “AFP PHOTO / HO / AL-FURQAN MEDIA” – NO MARKETING NO ADVERTISING CAMPAIGNS – DISTRIBUTED AS A SERVICE TO CLIENTS FROM ALTERNATIVE SOURCES, AFP IS NOT RESPONSIBLE FOR ANY DIGITAL ALTERATIONS TO THE PICTURES / TO GO WITH AFP STORY BY Shaun TANDON, Francesco FONTEMAGGI: “20 years after Twin Towers fell,’ US comes full circle”

 

O Tesouro dos Estados Unidos da América (EUA) identificou na quarta-feira três homens estrangeiros residentes no Brasil como alegados apoiantes e financiadores da organização terrorista al-Qaeda.

Nesse sentido, esses três homens foram incluídos numa lista de sanções económicas do Governo norte-americano. De acordo com o Tesouro, todas as propriedades e eventuais bens e interesses dos três estrangeiros nos Estados Unidos devem ser bloqueados e relatados ao executivo.

De acordo com a imprensa brasileira, dois desses suspeitos são egípcios e um é libanês.

O comunicado do Departamento do Tesouro identificou um dos homens como Mohamed Sherif Mohamed Awadd, que, segundo o órgão norte-americano, chegou ao Brasil em 2018 e recebeu transferências bancárias de outros associados da al-Qaeda no país. Awadd é dono de uma loja de móveis em Guarulhos, cidade da região metropolitana de São Paulo, segundo o comunicado.

A declaração do executivo norte-americano alegou ainda que Awadd e Ahmad Al-Khatib, dono de outra loja de móveis em Guarulhos, deram apoio tecnológico ou financeiro ao grupo terrorista.

O Tesouro vinculou esses dois homens a Ahmad Al-Maghrabi, que afirmou ter chegado ao Brasil em 2015 e tornou-se o contacto da al-Qaeda no país. O comunicado não forneceu mais detalhes sobre a residência ou meio de sustento de Maghrabi e não deu informações sobre qualquer alegado conluio entre ele e os outros dois suspeitos.

“As atividades desta rede com base do Brasil demonstram que a al-Qaeda continua a ser uma ameaça terrorista global generalizada e as designações de hoje ajudarão a negar ao grupo o acesso ao sistema financeiro formal”, disse o subsecretário do Tesouro, Brian E. Nelson, citado em comunicado.

A Polícia Federal do Brasil recusou-se a comentar a declaração dos EUA e disse que também não comenta se eventuais investigações estão em andamento

Desde o ataque terrorista de 11 de setembro, o Governo dos Estados Unidos impôs sanções financeiras em diferentes países, procurando limitar o financiamento de grupos terroristas. Cerca de 300 cidadãos supostamente filiados à al-Qaeda e a outros grupos extremistas foram visados.

A designação de terrorismo anunciada na quarta-feira foi a terceira ação dos EUA envolvendo o Brasil na última semana.

As autoridades brasileiras e o Departamento de Imigração e Alfândega dos Estados Unidos anunciaram que quatro indivíduos foram presos na quinta-feira passada por suposto envolvimento em ameaças ‘online’, crimes de ódio e planeamento de eventos com vítimas em massa.

As pessoas em causa pertenciam a células neonazis que planeavam ataques em áreas públicas, como escolas, assim como crimes de ódio contra judeus e negros, segundo indicaram as autoridades norte-americanas em comunicado. Um dos detidos confessou que planeava bombardear uma festa de passagem em São Paulo.

Na semana passada, o Tesouro dos Estados Unidos impôs sanções a pessoas e empresas ligadas a gangues do narcotráfico, incluindo a maior organização criminosa do Brasil, conhecida como PCC.

O objetivo é “atingir qualquer estrangeiro envolvido em atividades de tráfico de drogas, independentemente de estar vinculado a um líder ou cartel específico”, disse o Tesouro.

Em 2019, o FBI (Departamento Federal de Investigação dos EUA) informou que procurava um egípcio no Brasil, Mohamed Ahmed Elsayed Ahmed Ibrahim, sob suspeita de atuar como agente da al-Qaeda e facilitador de ataques aos Estados Unidos desde 2013.

A imprensa brasileira noticiou que Mohamed havia entrado no país em 2018 e estava autorizado a viver no Brasil.

O Brasil possui desde 2016 uma lei antiterrorismo, aprovada antes dos Jogos Olímpicos realizados no Rio de Janeiro naquele ano. Dias antes da cerimónia de abertura, a Polícia Federal do país deteve 10 pessoas que supostamente pertenciam a uma célula que professava lealdade ao grupo extremista Estado Islâmico.

JN/MS

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