Comunidade

Peter Serrado desvenda novo single na Semana Cultural da Casa do Alentejo

Cante e fado em destaque na 35.ª edição

São 35 anos a celebrar a cultura alentejana em Toronto. A Casa do Alentejo foi uma das primeiras a começar com esta tradição que este ano sofreu uma pequena mudança de calendário.
“Quando começámos com as semanas culturais escolhemos o mês de fevereiro porque coincidia com o aniversário. Por questões logísticas será sempre melhor, porque as passagens aéreas são mais económicas e a agenda dos artistas está sempre mais livre. Entretanto, começámos a fazer em outubro porque as condições atmosféricas eram melhores”, explicou Manuel de Brito Fialho, presidente da Casa do Alentejo de Toronto (CAT).

Em declarações ao Milénio Stadium, Brito agradeceu o apoio de todos os voluntários que abdicam do seu tempo para fazer com que a semana cultural seja um grande evento e garante que vale a pena vir até esta casa. “A semana não é para a Direção da casa. Tentamos trazer tudo o que de melhor há em Portugal para oferecer à comunidade. Esperemos que o público responda ao esforço que fazemos. Todos os dias temos surpresas, começando logo pela ementa que não é nada vulgar”, disse.

No sábado (16) Peter Serrado revisitou temas bem conhecidos da música portuguesa e apresentou um dos singles do seu novo trabalho. “Este foi o primeiro palco que pisei por isso é sempre muito especial regressar. Mas muito antes da música, vinha cá com os meus pais que são alentejanos. Esta sexta-feira (22) vai sair a versão digital do meu novo álbum. Na América do Norte vai ter 11 faixas em inglês e na Europa vai ter mais duas em português”, avançou.

Serrado cantou, na Semana Cultural do Alentejo, o tema “Animal” que é inspirado na sonoridade de Zeca Afonso. “Este álbum é diferente, alguns temas são influenciados pela música portuguesa. O tema “Animal” é inspirado no Zeca Afonso, de quem sou um grande fã. É uma mistura gira de folk com rock (risos). Quando lançar o CD vamos promovê-lo em Portugal, uma vez que estive lá no Festival da Canção”, contou.

De Castro Verde veio um grupo de cante alentejano que recuperou a viola campaniça, um instrumento que estava praticamente desaparecido. O grupo tem oito elementos e a média de idades ronda os 25 anos. “Este projeto nasceu em 2015 na Escola Secundária de Castro Verde onde eu sou professor, por isso é que o nosso álbum se chama “Nos Bancos da Minha Escola”. A viola campaniça tem uma sonoridade muito própria e é ideal para acompanhar o Cancioneiro Tradicional do Alentejo. Já atuámos na Suíça e em Espanha e agora viemos até ao Canadá graças à Rosa Sousa que é natural de Castro Verde, “informou José Abreu, responsável pelo grupo “Moços D’Uma Cana”.

“Maravilhas do Alentejo” foi outro dos grupos que marcou presença nesta semana cultural. O grupo nasceu em 2008 em Rio de Moinhos, concelho de Aljustrel. Em declarações ao nosso jornal, José Claudino explicou que o grupo foi perdendo elementos. “Hoje somos sete, mas já chegámos a ser 11. Somos um grupo de amigos e familiares que tem em comum o gosto pela música e pelas modas alentejanas. Atuamos regularmente em Portugal e no estrangeiro e já lançámos dois álbuns – Rio de Moinhos é nossa terra e Aljustrel tem uma fonte”, contou.

Os dois municípios alentejanos fizeram-se representar através de autarcas e de empresários que aproveitaram a oportunidade para divulgar os seus produtos no mercado da saudade. “Quisemos trazer produtos que marcam a nossa região e que representam a inovação da agroindústria portuguesa. Temos grão, cogumelos, azeite, vinhos, enchidos, queijo e presunto”, enumerou Nelson Brito, presidente do município de Aljustrel.

A Câmara Municipal de Castro Verde fez-se representar pelo vereador David Marques. “Castro Verde é um município dinâmico que tem como principal atividade económica a exploração mineira, mas que aposta também na agropecuária. Temos na nossa delegação um representante da Associação de Agricultores de Campo Branco e um representante do Agrupamento de Produtores Carnes de Campo Branco e que estão a fazer um trabalho notável na promoção do borrego do Campo Branco que é um produto de excelência do nosso concelho. A nível de vinhos começamos também a ter alguma importância”, disse.

Na segunda-feira (18) destaque para a exibição de um documentário alusivo ao cante alentejano que foi distinguido como Património Imaterial da Humanidade em 2014 e na terça-feira (19) para uma mesa redonda que contou com a presença do escritor Francisco do Ó Pacheco. Antigo presidente da Câmara Municipal de Sines, entre 1976 e 1997, Francisco foi ainda colaborador assíduo da imprensa regional alentejana e é autor de vários livros de diferentes géneros literários.

Na quarta-feira (20) a Casa do Alentejo celebrou o seu 36.º aniversário e na quinta-feira (21) subiu ao palco o Grupo Experimental de Teatro “O Projeto” com a peça “Ficheiros Secretos à Alentejana”.

Amanhã, sábado (23), a noite é dedicada ao fado. Clara Santos abre para Duarte vindo diretamente de Portugal que vai ser acompanhado por João Filipe, na viola de fado, e Pedro Amendoeira na guitarra portuguesa.

Joana Leal/MS

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