Morreu Maradona, lenda maior do futebol
Morreu o antigo internacional argentino Diego Armando Maradona, considerado um dos melhores futebolistas de todos os tempos.
Aos 60 anos, o antigo jogador do Nápoles, Barcelona, Sevilha e Boca Juniors, entre outros clubes, não resistiu a uma paragem cardiorrespiratória. Segundo o jornal argentino “Clarín”, o ex-futebolista sentiu-se mal, cerca das 10 da manhã, e voltou a deitar-se. Os seus cuidadores ficaram preocupados com o seu estado de saúde e chamaram os serviços de emergência, à casa em Tigre (a norte de Buneos Aires) onde o astro argentino recuperava de uma intervenção cirúrgica. No início do mês, tinha sido operado com sucesso ao cérebro, para tratar um hematoma subdural, depois de ter sido internado, em estado anémico, desidratado e deprimido. Segundo aquele diário, no momento da aflição, telefonaram ao médico Leopoldo Luque, ao seu advogado Matías Morla, e s filhas Dalma, Gianinna e Jana.
Mas os paramédicos já não conseguiram reanimá-lo. Foi o final de uma vida que oscilou entre a glória nos relvados, pela Argentina e pelo Nápoles, e a decadência fora deles, associada ao consumo de drogas.
Um fora de série
O mundo do futebol parou esta quarta-feira (25), em choque pela perda de um autêntico fora de série, um rebelde dentro e fora de campo, que assinou algumas das páginas mais memoráveis do desporto-rei.
A começar, claro, pelo Campeonato do Mundo do México, em 1986, onde assinou um golo do outro mundo num jogo dos quartos de final que, por ser contra a Inglaterra, era muito mais do que apenas um jogo de futebol. Maradona arrancou do meio-campo defensivo, fintou cinco adversários e o guarda-redes antes de atirar para a baliza, isto já depois de ter protagonizado um lance que nunca será esquecido.
Uma saída em falso de Peter Shilton permitiu a Maradona “cabecear” para o fundo das redes. Cabecear, claro, entre aspas, porque na verdade, o golo foi marcado com a mão, num momento que ficou conhecido para a eternidade como a “Mão de Deus”.
A Argentina acabaria por se sagrar campeã mundial em 1986, batendo a Alemanha na final (3-2), adversário com quem perderia, outra vez com Maradona na equipa, o jogo decisivo do Mundial de Itália, em 1990. Quatro anos depois, Maradona brilhava no Campeonato do Mundo dos Estados Unidos, quando acusou positivo num controlo anti-doping e foi afastado da competição.
Foi uma das muitas polémicas que marcaram a carreira de um futebolista que ficou conhecido com “D10S”. E não é à toa. O eterno 10 é uma autêntica divindade em Nápoles, depois de ter conduzido o clube a dois títulos de campeão transalpino, uma Taça e uma Supertaça, além da Taça UEFA de 1988/89. E também, claro, na Argentina natal, onde até existe uma Igreja Maradoniana.
Aos 60 anos, o craque dos craques despede-se do mundo dos vivos e torna-se, de uma vez por todas, uma lenda do futebol e do desporto mundial.
JN/MS
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