Portugal

O regresso dos alunos às aulas presenciais

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Foto: DR

A retoma das aulas, agora presenciais, aconteceu entre o passado dia 14 e 17. No entanto, o início deste ano letivo escolar nada teve de tranquilo. Há um receio geral, que boicota o normal decorrer da atividade escolar e que se sente em todos os quadrantes: professores, funcionários, alunos e encarregados de educação.

Nos primeiros dias, um dos grandes problemas foi o ajuntamento criado pelos encarregados de educação à porta das escolas, no exterior das instalações. O próprio presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas sublinhou, numa entrevista à TSF, que os alunos tiveram uma atitude ordenada, afirmando que os maiores tumultos foram promovidos pelos “pais que vão deixar os filhos às escolas, mas permanecem no exterior, em vez de ir trabalhar ou ir para casa”.

Embora surja ocasionalmente alguma informação do aumento de casos infetados, as notícias expõem apenas a ponta do icebergue. No entanto, os aumentos exponenciais de casos não se conseguem abafar ou esconder.  A realidade é que desde o início das atividades escolares, e considerando também infantários e creches, um crescente número de colégios e externatos particulares tem vindo a fechar portas.

Já as escolas públicas, regidas por normas mais restritivas, estão a lidar com o surgimento de casos esporádicos, segundo o plano de contingência para as comunidades escolares, elaborado pelas direções-gerais da Saúde e do Ensino. Todas as escolas se encontram preparadas com uma área de isolamento, para o caso de haver uma suspeita de infeção. No entanto, como referiu Mário Nogueira, Secretário-Geral da Federação Nacional Dos Professores, “as condições que se exigem para uma abertura das escolas não foram criadas”.

Perante a “confusão” inicial, as escolas afirmam estar a fazer o possível, com os recursos disponíveis. Cumprindo à risca as regras instituídas, no entanto, o esforço das equipas escolares não é, por si só, suficiente. Consideram-se bem mais importantes os meios que ainda não foram disponibilizados.

Existe, portanto, pouca preparação para o início das atividades letivas. No entanto, e em absoluto contraste, as normas, os manuais ou mesmo os discursos, evidenciam um só objetivo: evitar a todo o custo que as escolas encerrem durante este ano letivo. Tendo o primeiro-ministro, na passada Conferência Nacional do PS, reiterado: “As escolas não podem encerrar, nem podemos ter o nível de ensino à distância que tivemos no ano passado. A escola pública e o ensino presencial são fundamentais. (…) vai sempre haver um aluno ou um professor contaminado, temos de evitar que um aluno infetado não seja sinal de que a escola toda vá fechar”.

E desta forma, tudo se encontra tranquilo, para os que não frequentam escolas diariamente.

Amélie Bonsart/MS

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