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The Legendary Tigerman: A procura de um novo som para o Rock’n’Roll

 

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Em 2019, Paulo Furtado, mais conhecido como The Legendary Tigerman, celebrou o décimo aniversário do álbum “Femina”, que marcou a mudança musical do artista. Ao longo de mais de 3 meses, andou pelas ruas de Paris, na procura de mudanças novas para o Rock’n’Roll.

O resultado foi o álbum “Zeitgeist”, que marca uma reviravolta na sua carreira. “Zeitgeist” é um álbum de colaborações, assim como o anterior “Femina”. Em 2020, isolado e confinado na sua casa em Lisboa, cercado por sintetizadores modulares, Paulo Furtado sentiu que algumas das músicas que estavam a nascer não exigiam vozes ou algo adicional. Afinal estava a escrever músicas que faziam as pessoas dançarem.

A inspiração para esse novo som veio da saudade de frequentar clubes pequenos, suar na pista de dança e abraçar por exemplo um estranho.

As colaborações surgiram naturalmente para Paulo Furtado, e no álbum “Zeitgeist”, ele contou com a participação de artistas como Asia Argento, Anna Prior (Metronomy), Delila Paz (The Last Internationale), Jehnny Beth (Savages), Best Youth, Ray & Sean Riley, Sarah Rebecca e Calcutá. Tigerman, ao longo dos anos, passou por várias fases na carreira musical, desde os tempos com a banda Tédio Boys até se reinventar como The Legendary Tigerman.

As suas músicas e fontes de inspiração multiplicaram-se, tornando-o um músico versátil. “Femina” foi o álbum que, de certa forma, inspirou “Zeitgeist”. Em “Femina”, Tigerman explorou novos sons, com vozes femininas e músicas de diversos artistas. Voltamos a ver essa criatividade em “Zeitgeist”. “Zeitgeist” começou em 2018, quando Paulo Furtado estava em Paris. Ele percebeu que queria fazer rock’n’roll com sonoridades que não estavam a ser usadas nos seus discos anteriores. Essa experiência moldou a direção do álbum “Zeitgeist”. No processo de criação deste álbum estiveram os elementos orquestrais e a utilização de sintetizadores modulares.
Pela primeira vez, Tigerman deixou de usar exclusivamente a guitarra como instrumento principal e aventurou-se em novas sonoridades.

Ele atribui parte dessa mudança aos Suicide, com a versão da música “Ghost Rider” de Alan Vega e Martin Rev sendo uma influência notável.

 

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As novas músicas não foram criadas com guitarras, mas sim com sintetizadores modulares, abrindo as portas para uma linha mais moderna e diversa. Tigerman descreve o álbum “Zeitgeist” como um caminho de salvação, na procura de um lugar bonito e seguro no meio das tempestades da vida.

O título do álbum reflete o reconhecimento de que vivemos momentos em que não há um zeitgeist definido, mas sim múltiplos zeitgeists que coexistem e se ligam. A Internet e a globalização alteraram a perceção de tempo e espaço, e Paulo Furtado procurou criar um porto seguro no meio desse turbilhão, tanto para si mesmo quanto para os fãs. “Zeitgeist” representa uma viragem estilística na carreira de Tigerman, mostra a capacidade de se reinventar e abraçar novas influências. O som inovador que faz as pessoas dançarem é o objetivo deste álbum, que mostra a essência de um artista em constante evolução.

Paulo Perdiz/MS

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