Mercúrio tem temperaturas máximas de cerca de 427ºC e mínimas de -173ºC, Marte por sua vez tem temperaturas máximas de 20ºC e mínimas de -140ºC.
Olhando para os planetas, nossos vizinhos e irmãos, verificamos quão diferentes as suas atmosferas são da nossa casa Terra. Porém, não são muito diferentes daquilo em que a Terra se pode tornar.
O equilíbrio é extremamente frágil, e é por demais evidente, no último século, o impacto que as atividades humanas têm tido sobre a atmosfera terrestre. Os índices de dióxido de carbono têm subido exponencialmente devido à utilização em larga escala de combustíveis fósseis, consequentemente o aquecimento global devido ao efeito estufa é uma realidade indesmentível.
Num artigo publicado na revista Nature afirma-se que os níveis de CO2 são os mais elevados dos últimos 800.000 anos. Apenas entre 2004 e 2008 existe um aumento de cerca de 2,1% de partes por milhão de CO2 conforme valores apresentados pela NOAA (National Oceanic & Atmospheric Administration, a equivalente norte-americana para a Agência Portuguesa do Ambiente) corroborado pelo IPCC (Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas).
Uma das preocupações apresentadas nas cimeiras mundiais sobre ambiente tem sido a forma como os países desenvolvem as suas atividades industriais, e de como obtêm energia. Os países menos evoluídos tecnologicamente têm uma maior emissão de CO2 comparativamente com o aproveitamento que fazem relativamente aos resultados de produção obtidos. Existe, portanto, maior esforço e maior emissão de CO2 nos países em desenvolvimento. Estas afirmações, porém, não são lineares. Claro está que em termos absolutos os E.U.A. têm uma emissão de CO2 astronomicamente distante das emissões da Etiópia, uma vez que quase todos os norte-americanos têm um ou mais veículos automóveis ou motorizados, enquanto na Etiópia raros são os que têm que vestir, quanto mais um veículo motorizado.
A existência do dióxido de carbono na atmosfera terrestre é uma das principais condicionantes à vida no nosso planeta, a sua existência é imprescindível à regulação da temperatura na Terra, sem o efeito estufa provocado pela sua existência as amplitudes térmicas seriam muito maiores, a energia calorífica recebida do Sol perder-se-ia para o espaço, teoriza-se que haveria temperaturas muito mais elevadas durante o dia e temperaturas muito mais baixas durante a noite. Havendo maior amplitude térmica, os movimentos das massas de ar teriam um comportamento completamente diferente (por ex. ventos com centenas de km por hora) e possivelmente o nosso planeta tornar-se-ia inóspito, sendo incomportável a vida tal a conhecemos.
O equilíbrio é muito frágil. Se a ausência de dióxido de carbono é nefasta para a atmosfera, a sua existência em excesso mais nefasta ainda se pode imaginar. Atualmente debate-se o futuro do planeta exatamente pelo excesso de dióxido de carbono na atmosfera, que tem crescido exponencialmente desde a Revolução Industrial. A temperatura média na Terra aumentou no espaço de um século como nunca antes, devido à emissão exagerada de CO2 provocada pela atividade humana, essencialmente pela destruição de florestas e a queima diária incomensurável de combustíveis fósseis.
O aquecimento global é por demais evidente e está a provocar instabilidade climática por todo o globo, provocando a diminuição, perfeitamente verificável, das calotes polares e dos glaciares. A subida do nível médio das águas dos oceanos é facilmente verificável, e põe mesmo em causa a existência de alguns países, em que as cotas dos seus territórios estão muito próximas do nível do mar.
Todos podemos contribuir para a redução da emissão de CO2.
Ao instalarmos em nossas casas tecnologia amiga do ambiente e utilizando energias renováveis estamos a contribuir para a redução de CO2. A decisão é muito fácil, os benefícios são por demais evidentes, havendo claro retorno financeiro por ausência de gasto na compra de energia elétrica ou gás.
É na família que tem de nascer a necessidade de intervenção na preservação do nosso planeta para bem dos nossos descendentes.
Redes Sociais - Comentários